A conversão de André Frossard
Na tarde de 8 de julho de 1935, Frossard esperava um amigo em frente a uma capela de freiras adoradoras, na rue d’Ulm, em Paris. Impaciente, decidiu entrar. O que aconteceu lá dentro foi, segundo seu relato, uma experiência avassaladora.
Em meio ao silêncio da capela e à exposição do Santíssimo Sacramento, ele foi invadido por uma certeza absoluta: Deus existia e era real, presente, pessoal, gentil, irresistível.
Em sua autobiografia espiritual, “Deus existe. Eu o encontrei”, Frossard descreveu que sentiu naquele instante uma “explosão silenciosa de luz”.
Sentiu-se acolhido como parte de uma nova família: a Igreja. Era como ser resgatado de um naufrágio, tomado por uma alegria sem igual. Chamou essa experiência de “graça” e marcou o início de sua conversão definitiva.
A transformação foi tão visível que sua mãe e sua irmã, impressionadas, também se converteram mais tarde.
Já seu pai ficou perplexo. Incomodado com o escândalo político da conversão do filho, chegou a pedir a um médico amigo que o observasse de perto.
O diagnóstico? Um caso de histeria religiosa, que passaria em dois anos. Não passou.