O MST está organizando uma campanha com o objetivo de juntar R$200 mil para Cuba.
O grupo afirma que esse dinheiro será utilizado para enviar medicamentos e equipamentos hospitalares diante da crise enfrentada pelo país.
Desde o ano passado, a ilha tem passado por um período difícil, com falta de alimentos e quedas frequentes de energia.
A nota divulgada pelo MST no início da campanha, ainda em junho, acusava o bloqueio americano de ser o principal responsável pela crise.
Uma das pessoas que declarou apoio à iniciativa foi o frade dominicano e escritor Frei Betto, que chegou a gravar um vídeo em apoio à causa.
O autor reforçou a narrativa de que a crise em Cuba é causada pelo bloqueio americano, e passaria por um momento mais drástico por causa de Trump:
“Houve um recrudescimento do bloqueio dos EUA, um bloqueio genocida que dura 64 anos e agora está muito mais apertado porque Trump insiste em mater Cuba na lista dos países promotores do terrorismo.”
Ele também afirmou que os EUA querem acabar com a ditadura cubana pelo regime garantir direitos básicos:
“Porque Cuba é o único país de toda América Latina e Caribe que assegura ao conjunto da população os três direitos humanos fundamentais: alimentação, saúde e educação. A população cubana não precisa pagar por esses direitos”.
O escritor também disse que garantir a continuidade do regime cubano é seguir a luta pela ideologia socialista:
“Vamos nos mobilizar porque o colapso da Revolução Cubana seria o colapso da nossa utopia.”
Apesar da afirmação de Frei Betto, cubanos que deixaram a ilha afirmam que a situação é muito diferente.
Ano passado, a influenciadora cubana Nayi Mora, que deixou Cuba, gravou o relato de uma sobrinha com 10 anos de idade.
A menina conta como funciona verdadeiramente a educação na ilha, com doutrinação pró-governo explícita todos os dias:
"As escolas são muito diferentes, porque lá é o dia inteiro. Eu acordava às cinco da manhã para ir à escola e, quando eu chegava lá, o pessoal hasteava a bandeira de Cuba e gritava: 'Viva Fidel'".
Ela seguiu contando que a aula durava o dia todo e as crianças não tinham acesso à alimentação.
Os alunos deveriam levar comida de suas próprias casas, e normalmente ingeriam alimentos processados, como salsicha:
"Você tem que levar o lanche da sua casa. A aula dura o dia todo e eles não dão lanche. Eu comia salsicha lá, às vezes, mas, quando eu cheguei no Brasil, eu peguei nojo de salsicha".
A tia aproveitou o testemunho para comentar sobre o acesso à alimentação na ilha:
"Você comeu tanto quando chegou no Brasil, porque, em Cuba, uma cartela de salsicha é coisa de rico, uma cartela é o salário de um trabalhador, só para vocês terem noção."
A ditadura socialista imposta pelos irmãos Castro após a Revolução Cubana continua a ser tema de muitas polêmicas e debates.
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