Marcos Roberto de Almeida, conhecido no mundo do crime como "Tuta", foi extraditado para o Brasil pelas autoridades bolivianas.
Ele tinha sido preso em Santa Cruz de la Sierra, após uma ação coordenada entre a Polícia Federal (PF) brasileira e a Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen (FELCC) da Bolívia.
O criminosos foi encontrado enquanto tentava renovar sua Cédula de Identidade de Estrangeiro (CEI) utilizando o nome falso de Maycon Gonçalves da Silva.
Isso ativou um alerta no sistema internacional da Interpol, ele aparecia na Lista de Difusão Vermelha desde de 2020.
Tuta era apontado como um dos líderes mais importantes na estrutura do PCC que ainda estava em liberdade.
Segundo investigações do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Tuta integrava a alta cúpula da facção, conhecida como "Sintonia Final da Rua".
Sua ascensão ao posto de comando nas ruas teria ocorrido após a transferência de Marcola para o sistema penitenciário federal em fevereiro de 2019.
Como o novo "número 1" em liberdade, Tuta coordenava as operações da facção dentro e fora dos presídios, com foco no tráfico internacional de cocaína para a Europa.
Sua função era crucial na logística do narcotráfico, estabelecendo a ponte com fornecedores bolivianos e organizando o envio da droga através do Brasil.
Ele já foi condenado em primeira instância a 12 anos de prisão por organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, e responde a outros processos.
Mesmo foragido e procurado pela Interpol, ele ocupou o cargo de adido comercial no Consulado de Moçambique em Belo Horizonte, entre julho de 2018 e julho de 2019.
Na época, o criminoso ganhava cerca de R$10 mil em um trabalho com carteira registrada.
O ex-cônsul-honorário de Moçambique, Deusdete Januário Gonçalves, chegou a testemunhar para a defesa de Tuta em um processo por lavagem de dinheiro.
Deusdete chegou a descrevê-lo como "um homem de grande idoneidade", afirmando desconhecer suas ligações com o PCC.
Além disso, ele disse que Tuta teria apresentado certidões negativas da Justiça antes de ser contratado. O ex-cônsul só o desligou do cargo após ser intimado a depor.
Durante seus cinco anos como foragido, Tuta teria comandado as operações do PCC a partir da Bolívia.
Segundo o promotor Lincoln Gakiya, o país vizinho se tornou um refúgio estratégico para a cúpula da facção devido à facilidade em subornar autoridades.
Relatos indicam que outros líderes do PCC foragidos, como Sérgio "Mijão" Luiz de Freitas Filho e André “do Rap" de Oliveira Macedo, também estariam escondidos na Bolívia.
Eles estariam levando uma vida aparentemente normal, utilizando negócios de fachada para justificar suas fortunas.
Para despistar as autoridades, o PCC chega a disseminar comunicados internos falsos, anunciavam a morte ou a expulsão de membros da organização.
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