Nikolas Ferreira assumiu a relatoria do projeto de lei que classifica o Primeiro Comando da Capital (PCC), o Comando Vermelho (CV) e milícias privadas como organizações terroristas.
Em sua rede social, o deputado sinalizou de modo favorável e ironizou a reação de opositores.
“Vamos ver quem é a favor da bandidagem”.
O texto é de autoria do deputado federal Danilo Forte (União-CE). O projeto foi apresentado em março e, em maio, recebeu urgência para ser votado no plenário da Câmara. A decisão veio depois de o governo descartar a ampliação da classificação de terrorismo.
O que está em análise?
O Projeto de Lei 1.283/2025 altera a Lei 13.260/2016 (Lei Antiterrorismo) para:
- estender a lei a organizações criminosas e milícias privadas que pratiquem atos de terrorismo “para retaliar políticas públicas” ou para demonstrar domínio, controle social ou poder paralelo em qualquer território;
- especificar infraestruturas críticas e serviços de utilidade pública (como energia, escolas, telecomunicações e transporte) como alvos cuja sabotagem ou interrupção pode configurar terrorismo;
- aumentar em um terço a pena quando o ato terrorista for cometido por recurso cibernético.
De acordo com Danilo Forte, “a atuação desses grupos possui dimensão mais acentuada que a mera prática de crimes comuns, configurando grave ameaça à segurança nacional”.
O autor afirma que a mudança “não apresenta risco de ser utilizada para perseguições políticas ou contra movimentos sociais”.
O que muda nas penas?
A Lei Antiterrorismo prevê:
- 12 a 30 anos para atos de terrorismo (além de sanções por ameaça ou violência);
- 15 a 30 anos para financiamento do terrorismo;
- 5 a 8 anos para integrar ou promover organização terrorista.
Na Lei de Organização Criminosa (12.850/2013), quem participa ou financia facções como PCC e CV pode pegar de 3 a 8 anos de prisão.
Já crimes ligados a essas facções, como tráfico ou homicídio, têm penas próprias, geralmente menores que as previstas para terrorismo.
Ao classificar facções como terroristas, o projeto aumenta as penas e passa as investigações para a Polícia Federal.
Nikolas Ferreira declarou apoio à mudança de enquadramento.
“Sou relator do PL Antifacção, que colocará organizações criminosas como terrorismo. Veremos quem é a favor da bandidagem.”
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