Miguel Uribe Turbay morreu após dois meses internado em estado crítico. Ele foi baleado na cabeça em junho, durante um discurso de campanha em Bogotá. A morte foi confirmada por sua esposa nesta segunda-feira (11).
Uribe tinha 39 anos e era um dos principais nomes da oposição ao governo de Gustavo Petro e apontado como favorito na corrida presidencial de 2026.
O senador foi atingido por dois tiros na cabeça e um na perna. Um adolescente de 15 anos foi detido no local. Outras seis pessoas já foram presas pela investigação.
Álvaro Uribe Vélez, ex-presidente e líder do partido Centro Democrático, lamentou a perda: “Mataram a esperança. Que a luta de Miguel seja uma luz que ilumine o caminho correto da Colômbia.”
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também pediu justiça.
Neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala, Miguel Uribe perdeu a mãe, a jornalista Diana Turbay, aos cinco anos. Ela foi sequestrada por narcotraficantes ligados a Pablo Escobar e morta durante uma tentativa de resgate, em 1991.
O caso foi retratado no livro Notícias de um Sequestro, de Gabriel García Márquez.
Formado em Direito pela Universidade de los Andes e mestre em Políticas Públicas e Administração pela Universidade de Harvard, Miguel Uribe construiu carreira política desde jovem.
Foi vereador, secretário de governo de Bogotá e, em 2022, elegeu-se senador com a maior votação do país.
Defensor da segurança, da liberdade econômica e da pluralidade ideológica nas escolas, havia lançado sua pré-candidatura à presidência em 2024.
O atentado, ocorrido em 7 de junho, foi o primeiro de uma série de ataques recentes e reviveu memórias dos anos 1990. Naquela década, três candidatos à presidência foram assassinados durante campanhas.
Em junho, uma onda de violência deixou oito mortos e ao menos 62 feridos, entre civis e policiais. 24 ataques foram registrados no município de Cali e arredores, no intervalo de apenas cinco horas.
A área é disputada por grupos armados que a utilizam como rota estratégica para o tráfico de drogas.
O assassinato do senador se soma a uma série de episódios recentes que reacenderam o debate sobre a segurança de líderes políticos na Colômbia, em um país que já viu presidenciáveis perderem a vida durante campanhas eleitorais.
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