A Nicarágua de Daniel Ortega libertou hoje 222 presos políticos, incluindo cinco ex-candidatos à presidência, políticos de oposição e líderes empresariais. Todos foram soltos e deportados aos Estados Unidos.
O governo americano descreveu o gesto como “um passo construtivo” rumo à consolidação dos direitos humanos.
A liberação em massa “abre portas para um diálogo futuro entre Estados Unidos e Nicarágua, resguardadas as questões que ainda preocupam.”, afirmou o Secretário de Estado americano Antony Blinken.
Entre os presos estão pessoas que pretendiam concorrer contra Ortega nas eleições de 2021, mas foram detidas antes da votação.
Os candidatos ao pleito Juan Sebastian Chamorro, Felix Maradiaga, Miguel Mora, Medardo Mairena e Arturo Cruz estão entre os libertos.
O estudante e ativista Lesther Aleman, e Michael Healy, cidadão que havia sido condenado a 13 anos de prisão, também estão entre os que foram libertos.
A esposa de Juan Sebastian Chamorro, Victoria Cárdenas é uma das entrevistadas do novo Original BP NICARÁGUA: Liberdade Exilada.
A esposa de Felix Maradiaga, Berta Valle, também está na produção e relata seu emocionante testemunho de criar uma filha pequena distante do marido, que era um preso político.
Alejandra não era capaz de entender a distância do pai até assistir a uma cena do filme Sing - Quem Canta seus Males Espanta.
A perseguição política foi chave para a reeleição de Ortega
Durante o pleito de 2021, Daniel Ortega perseguiu e prendeu a maior parte dos candidatos que concorriam com ele. Além de jornalistas e importantes figuras religiosas.
Sem adversários, Ortega se reelegeu para seu quarto mandato consecutivo. A Organização dos Estados Americanos (OEA) não reconheceu as eleições e os Estados Unidos descreveram o processo eleitoral como uma “fraude”.
O regime de Ortega se notabilizou pela prisão de ativistas de direitos humanos e líderes cívicos, além do fechamento de cerca de 3.000 grupos não-governamentais.
Segundo apuração do jornal Reuters, um juiz nicaraguense emitiu a sentença de liberação dos prisioneiros em TV aberta na Nicarágua. Os libertos foram tratados como “traidores” e foram “deportados” aos EUA, segundo a decisão do juiz.
Ainda segundo a apuração da Reuters, o governo nicaraguense prepara uma alteração na lei para acabar com a cidadania nicaraguense dos deportados.
Em meio à perseguição a opositores de Daniel Ortega, a Justiça do país cassou indefinidamente os direitos políticos de 14 presos do país, de acordo com denúncia do Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh), que chamou a iniciativa de “aberração jurídica”.
A sentença, emitida pela juíza Nadia Tardencilla, proíbe os alvos da decisão, por toda a vida, de concorrer em quaisquer eleições ou de exercer cargos públicos.
Ariana Gutierrez Pinto, afirmou que estava ansiosa para estar outra vez com sua mãe, Evelyn Pinto. A libertação aconteceu no momento exato para ela celebrar o aniversário de 63 anos de sua mãe no fim do mês.
No Twitter, a Aliança da Universidade Nicaraguense escreveu: “nossos amigos foram libertos”, referindo-se aos estudantes que foram soltos nessa leva.
“Alguns desses indivíduos passaram anos na prisão, em condições terríveis e sem acesso ao processo judicial que os incriminou. Muitos foram presos apenas por exercer suas liberdades fundamentais.”, afirmou um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.



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