Seis meninas entre sete e doze anos de idade ficaram constrangidas com a presença de uma trans no vestiário da escola de natação. A situação foi revelada por Andressa Favorito, mãe de uma delas.
Tudo aconteceu no primeiro semestre de 2024 após um treino de nado artístico, esporte que sua filha pratica desde os dois anos de idade.
Andressa explicou à Comissão de Educação da Câmara dos Deputados que mudou sua maneira de pensar sobre o uso do banheiro feminino por transexuais.
A empresária e designer sempre acreditou que não haveria problema em mulheres trans usarem o banheiro feminino, já que as necessidades são feitas dentro de cabines.
“Sempre argumentei de forma progressista, não sou eleitora de figuras conservadoras, e defendo a liberdade de todos expressarem seu gênero e sexualidade. No entanto, sou mulher e tenho uma filha de 9 anos, que está em pré-puberdade”.
Decidiu expor o caso para promover um debate sobre regras claras no uso de espaços coletivos, buscando segurança para as mulheres.
"O que eu quero trazer aqui é que o espaço das mulheres seja protegido para as mulheres e meninas porque as nossas necessidades são específicas do nosso sexo biológico."
Vistas nuas por quem conhecem como homem
Andressa e outros pais de alunos da escola foram a favor da inclusão de homens no nado artístico, que era totalmente feminino até poucos anos atrás. Sua filha é atleta do esporte desde os dois anos de idade.
- A primeira vez que homens puderam competir na modalidade foi no final de 2022, por decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Ela mencionou que o recente Campeonato Brasileiro na cidade contou com várias equipes que incluíam meninos, fato que foi muito celebrado pelos amantes da modalidade.
Tudo ia bem até que no ano passado um homem passou a frequentar a escola de natação com a namorada. Pouco tempo depois, ele contou aos pais das crianças que estava passando pela transição de gênero.
Mas a opinião dos pais mudou no dia em que o homem decidiu experimentar um maiô.
“Ele quis experimentar o maiô e entrou no banheiro feminino, onde elas estavam tomando banho nuas. Quando ele entrou, elas se cobriram e não sabiam como reagir”.
O banheiro em questão é um vestiário onde não existem cabines separando os chuveiros. Isso significa que as meninas foram vistas nuas pelo trans, o que as deixou com medo.
"Ele é um homem. Todas elas o conheciam como menino, mesmo que o chamassem com pronome feminino. As crianças sabem quando algo está errado. Elas ficaram envergonhadas. Todo mundo ficou quieto, calado e não sabia o que dizer”.
Andressa esclareceu que o rapaz, de 27 anos, tinha até namorada. As meninas não entenderam o que estava acontecendo e sua filha foi a única a questionar:
“Ele pode estar aqui?”
Crianças pensaram em largar o esporte
Andressa contou que sua filha teve pesadelos com a situação e precisou de terapia.
“Há muitos, ela não acorda à noite. Um dia veio até o meu quarto e disse que teve um pesadelo. Ela disse: "Eu sonhei que eu estava no nado e me divertia muito. Aí apareceu um tubarão."
A profissional que acompanha a criança afirmou que está disposta a emitir um laudo sobre os impactos psicológicos do evento em sua vida. Além disso, ela e as colegas passaram a temer denunciar a situação, temendo prejudicar o transsexual.
“A minha filha, todas as meninas tiveram o mesmo discurso: "A gente não quer prejudicar ele, a gente está com medo de acontecer alguma coisa com ele", mas todas se sentiram envergonhadas, incomodadas”.
Algumas alunas pararam de tomar banho na escola e, quando fazem, é sempre com a roupa de natação.
“Próximo da competição, várias delas quiseram desistir do esporte".
Depois do episódio, a equipe da escola e os pais das crianças pediram que o transsexual fosse afastado das atividades.
No entanto, a decisão gerou medo de retaliações legais. O temor de consequências jurídicas descrito por Andressa é compartilhado por muitas outras pessoas na sociedade atual.
O assunto é tema de As Grandes Minorias, da Brasil Paralelo. Assista abaixo:



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