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Maduro afirma que reuniu 95% de apoio em plebiscito para anexar Guiana

A consulta não contou com a participação dos 125 mil habitantes da região de Essequibo que pertence ao país vizinho.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
4/12/2023 14:18
Imagem: Marcelo García/Presidência da Venezuela/AFP

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela afirmou neste domingo (3) que 95% dos eleitores votaram a favor da anexação de parte do território da vizinha Guiana no plebiscito convocado pelo ditador Nicolás Maduro.

Segundo o presidente do CNE, Elvis Amoroso, foi “uma vitória evidente e esmagadora” do ‘sim’. Ele disse que mais de 10,5 milhões de venezuelanos participaram da consulta não vinculativa.

“Demos os primeiros passos em uma nova etapa histórica para lutar pelo que é nosso […] e o povo venezuelano falou em alto e bom som”, afirmou Maduro, que busca a reeleição em 2024, em Caracas.

O plebiscito dá aval à anexação de Essequibo, região pertencente à Guiana. Desde 2015, com a descoberta de abundantes reservas naturais de petróleo na região, Nicolás Maduro tem reivindicado a posse.

Os 125 mil habitantes da região de Essequibo não participaram do plebiscito convocado por Maduro.

Na última sexta (01), a Corte Internacional de Justiça (CIJ) deu uma decisão contrária à realização do plebiscito na Venezuela

“A Corte considera que, à luz da forte tensão que atualmente caracteriza as relações entre as partes, as circunstâncias descritas apontam um sério risco de a Venezuela adquirir, controlar e administrar o território em disputa”, explicou a CIJ. “Há um real e iminente risco de irreparável prejuízo ao direito plausível da Guiana, antes que a Corte tome sua decisão”.

Segundo O Antagonista, a região possui o equivalente a 11 bilhões de barris de petróleo, além de diversas outras riquezas naturais.

Promover guerras é uma das formas que ditadores usam para se perpetuar no poder

As guerras movimentam a economia de um país e podem mobilizar os cidadãos em torno de uma causa. Muitos ditadores usam desse recurso para aumentar seu domínio e estender seu poder.

Nicolás Maduro há anos comanda a Venezuela, perseguindo opositores, calando dissidentes e governando por meio da força.

Apesar disso, muitos veículos de comunicação não o tratam como um ditador, mas sim um representante legitimamente eleito pelo seu povo.

Para entender a Venezuela como ela é, a Brasil Paralelo foi até o país de Maduro descobrir histórias reais contadas pela população local.

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