No debate da Band realizado ontem, os candidatos à presidência da República tiveram a oportunidade de falar sobre seus planos para a educação do país.
O jornalista Tayguara Ribeiro, da Folha de São Paulo, afirmou que as crianças de escola pública ficaram sem aula por mais de 200 dias durante a pandemia, sofrendo prejuízos educacionais. Diante desse quadro, os candidatos foram questionados sobre quais seriam suas ações para solucionar essa questão.
Lula foi sorteado para responder primeiro. Segundo o candidato, em síntese:
“A primeira reunião que eu quero fazer após eleito é com os governadores dos estados e prefeitos das cidades para resolver isso. Nós vamos nos juntar para recuperar as aulas que esses garotos perderam, faremos um verdadeiro mutirão para isso.
É triste mas eu tenho que dizer: os pobres aprenderam menos, os negros aprenderam menos. Os ricos podiam aprender na internet, mas os pobres ficaram sem aula”.
Tendo 1 minuto e meio para responder, Lula declarou que seu plano para recuperar a defasagem educacional é ter mais aulas. Segundo ele, os meios para alcançar esse plano seria a união do governo federal com os governos estaduais e federais.
Após a resposta de Lula, Bolsonaro respondeu a mesma pergunta, dizendo:
O nosso ministério da educação criou um aplicativo para isso que está há um ano em vigor: o Grapho Game. As crianças podem ser alfabetizadas através do celular. No passado, no tempo do Lula, a garotada demorava 3 anos para ser alfabetizada. Agora, no nosso governo, esse processo leva 6 meses.
Nós não falamos que vamos fazer, nós mostramos o que fizemos. O seu Paulo Freire, Lula, não deu certo. Nós vamos começar com o viés técnico, para a garotada sair do ensino médio com uma profissão. Marceneiro, auxiliar de enfermagem e outras profissões”.
Bolsonaro defende um método de alfabetização diferente do adotado pelos governos de Lula e Dilma. O atual presidente adotou o método de alfabetização fonética, diferente do que Paulo Freire criou.
O método criado por Paulo Freire, mencionado no debate, refere-se a mais do que a uma maneira de alfabetizar crianças, mas a todo um sistema de pensamento que foi adotado no Brasil desde 2002.
No livro Pedagogia do Oprimido, uma das principais obras de Paulo Freire, ele escreveu:
“Pedagogia que faça da opressão e de suas causas objeto de reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento necessário na luta por sua libertação, em que esta pedagogia se fará e refará” (edição de 1987, p. 17).
O sistema que passou a nortear as escolas não desejava apenas alfabetizar e informar, mas sim criar um tipo de consciência política ideológica.
Toda essa conjuntura levou o país a atingir os piores índices de educação em diversas matérias escolares. No ranking do PISA, organizado pela OCDE, o Brasil passou a ocupar os piores lugares desde 2003 adiante.
Para entender o que está dando errado na educação brasileira e o que pode ser feito, a Brasil Paralelo reuniu os principais especialistas do país e realizou o documentário Pátria Educadora. Assista o trailer de um dos documentários mais assistidos do Brasil:
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