O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a criação de regras globais para que os super-ricos paguem mais impostos. A declaração aconteceu durante o discurso na 80º Assembléia Geral das Nações Unidas.

“A comunidade internacional precisa rever suas prioridades e definir padrões mínimos de tributação global para que os super-ricos paguem mais impostos que os trabalhadores”, afirmou Lula.

Na declaração, o presidente disse que a única guerra em que “todos podem sair vencedores” é a luta contra a fome e a pobreza.

Ele pediu menos gastos com conflitos armados e mais ajuda ao desenvolvimento, além do alívio da dívida externa dos países pobres, especialmente os africanos.

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Aliança global contra a fome

Não é a primeira vez que o tema é abordado pelo governo durante uma reunião internacional.

Em julho de 2024, durante reunião do G20 no Rio de Janeiro, o Brasil pré-lançou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que será oficializada em novembro.

Na ocasião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a taxação dos super-ricos seria uma das medidas defendidas pelo Brasil.

Segundo ele, trata-se de uma contribuição justa, uma vez que os mais ricos “utilizam artifícios para evadir os sistemas tributários”.

A proposta integra um documento que busca criar uma cooperação internacional em matéria de tributação.

O objetivo é combater a chamada “erosão da base tributária”, termo usado para descrever estratégias usadas por empresas e indivíduos para reduzir artificialmente o valor de impostos devidos.

Acompanhe os discursos na Assembleia da ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu nesta terça-feira (23) a 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Desde 1955, cabe ao Brasil a tradição de iniciar os discursos, seguido pelos Estados Unidos.

Será a décima vez que Lula ocupa o púlpito da ONU para dar início ao debate entre chefes de Estado.

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