A proposta visa impedir a participação de Trump no encontro do G7, que o Canadá sediará em Kananaskis, Alberta, de 15 a 17 de junho de 2025. Singh acusou o presidente dos Estados Unidos de ameaçar a soberania e a economia canadenses, além de desestabilizar aliados e a ordem global. Também propôs que o summit seja usado para “resistir” ao presidente americano.
A ideia ganhou eco em uma petição online que já conta com mais de 32 mil assinaturas pedindo o banimento de Trump por motivos semelhantes.
“Teatro político inútil”, disse Pierre Poilievre
A declaração de Singh gerou forte reação da oposição. Pierre Poilievre, líder do Partido Conservador, criticou a proposta, chamando-a de “teatro político inútil”. Alertou também que um bloqueio diplomático a Trump poderia prejudicar acordos comerciais bilaterais e impactar setores econômicos importantes, como o de energia e exportação agrícola.
“Precisamos de pragmatismo, não de provocações ideológicas”, afirmou Poilievre.
Gostaria de receber informação imparcial e de credibilidade? Clique aqui e conheça o RESUMO BP, a newsletter com a curadoria exclusiva da Brasil Paralelo. O professor Thomas Juneau, da Universidade de Ottawa, defendeu que banir Trump seria contraproducente, argumentando que o diálogo é mais eficaz: “Convidá-lo e engajá-lo é o melhor caminho”.
Além disso, o governo canadense ainda não se pronunciou e especialistas apontam que excluir um líder do G7 seria inédito e poderia prejudicar as relações com os EUA, principal parceiro comercial do Canadá.
Enquanto o presidente francês Emmanuel Macron declarou que “o G7 deve manter seus princípios democráticos”, sem se posicionar diretamente sobre o banimento.
Já o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak evitou o tema, afirmando que o foco do encontro deve ser a economia global e a segurança internacional.