Desrespeito à objeção de consciência
Não é de hoje que Harris é contra isenções religiosas para leis de aborto. Quando ainda era senadora, ela apresentou o Do No Harm Act.
A medida buscava reduzir as exceções religiosas em regras do governo. Se aprovada, impediria que instituições de saúde ligadas à religiosos deixassem de oferecer aborto e contracepção entre seus serviços.
A norma foi proposta quando o instituto Pequenas Irmãs dos Pobres pediu autorização para não fornecer medicamentos abortivos às mulheres que atendem.
A dispensa foi inicialmente recusada, mas acabou sendo aprovada pela Suprema Corte. A posição da candidata se alinha à postura do atual governo.
Em 2022, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos tentou obrigar todos os hospitais, incluindo os católicos, a realizar abortos em algumas situações. No entanto, um tribunal suspendeu a regra.
A Conferência dos Bispos Católicos dos EUA afirma que o aborto nunca é permitido. Já o Grazie Pozo Christie, da The Catholic Association, solicitou que a então senadora esclarecesse se obrigaria pessoas que se opõem ao aborto por motivos religiosos a participar dele.
“Infelizmente, não seria a primeira vez que Harris usaria seu poder político para atropelar os direitos dos americanos religiosos”, disse a associação em comunicado.
Durante sua campanha, Harris prometeu restabelecer as normas do Roe vs Wade através de uma lei federal.
Ela também não se manifestou contra o aborto quando o feto já é compatível com a vida fora do útero. Kamala Harris disputa a presidência dos EUA com Donald Trump. A votação está marcada para o próximo dia 5 de novembro.