Uma sociedade escravizada pela cobrança exorbitante de impostos. Dessa forma, o jornalista Claudio Dantas descreveu o povo brasileiro em 2024.
Com mais de 20 anos de experiência em jornalismo político e econômico, Dantas falou sobre o peso da carga tributária para os cidadãos:
“Não importa em quem você votou, você está deixando que te arranquem a riqueza que poderia estar indo para os seus filhos. É preciso se libertar desse Estado Mastodonte”.
Para ele, o grupo político que defende a redução da cobrança de impostos é o da direita, ao qual é alinhado:
“Eu estou do lado do pagador de impostos”.
Para ele, o grupo político que defende a redução da cobrança de impostos é o da direita, ao qual é alinhado:
“Eu estou do lado do pagador de impostos”.
Claudio Dantas construiu uma sólida carreira no jornalismo. Trabalhou no serviço em português da Agência EFE, da Espanha. Entre 2004 e 2008, atuou como repórter da editoria “Mundo”, no jornal Correio Braziliense. Antes de em O Antagonista, atuou na revista Isto É durante seis anos.
Perguntado sobre uma suposta oferta para ser ministro da Comunicação de Bolsonaro, o jornalista confirmou a informação.
“Como profissional de comunicação fiquei lisonjeado, mas era uma posição sensível. Qualquer um que assumisse seria “atropelado” por Carlos Bolsonaro, que coordenava a campanha do pai”.
Ele relatou que não estava disposto a um confronto com Carlos, algo com o qual a equipe da pasta teria de lidar durante as crises do Executivo federal.
“A comunicação foi uma das grandes falhas do governo. Isso fez com que, em quatro meses, Bolsonaro perdesse quatro ministros. Eles eram a oposição deles mesmos”.
Comentou ainda o que faria caso tivesse aceitado o cargo.
“Se eu fosse secretário de Comunicação, gostaria de instalar uma redação de jornalismo investigativo em cada ministério. Assim conseguiria antecipar quaisquer denúncias. Só que isso é uma idealização, não daria certo na prática”.
Outra questão importante mencionada por Dantas foi as denúncias que fez sobre infiltrados do governo Chávez no Brasil. Ele contou a Bruno Magalhães, apresentador do programa Contraponto, que parte de sua vida acadêmica foi dedicada a estudar as políticas externas do ditador venezuelano.
Explicou também como o líder autoritário utilizou a comunicação para aumentar seu poder:
“Chávez criou uma agência de comunicação e uma rede de notícias oficial. Essa rede foi trazida ao Brasil através, salvo engano, de um canal universitário”.
O jornalista divulgou suas descobertas através de uma série de reportagens em 2005. Relatou que a expansão do chavismo também aconteceu através da distribuição de livros escolares e do chamado “círculos bolivarianos”, uma cópia de comitês cubanos. Funcionários do Senado Federal e colegas da imprensa participaram do processo.
“Tratavam-se de uma espécie de células, que eram infiltradas em comunidades menos favorecidas. Para os militantes, a aderência das pessoas às ideias seria melhor nesses locais. Como há muita pobreza e miséria, bastava prometer tirar as pessoas dessa situação”.
Por causa das denúncias, ele virou alvo de perseguição do sindicato dos jornalistas. Depois que a reportagem foi publicada, o jornalista passou a receber ameaças por escrito em sua mesa de trabalho.
A conversa durou pouco mais de duas horas. Você pode assistir parte do episódio do Contraponto de hoje no Youtube da Brasil Paralelo.
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