Na madrugada de uma segunda-feira aparentemente comum, movimentações suspeitas em criptomoedas acenderam o alerta em uma empresa brasileira.
A empresa SmartPay detectou uma movimentação fora do padrão envolvendo grandes quantias em Bitcoin e USDT, uma stable coin, ou seja, uma criptomoeda projetada para manter um valor estável. A ação foi suficiente para interromper as operações e avisar parceiros do setor.
O que parecia uma anomalia isolada revelou-se um golpe bilionário.
Hackers haviam invadido os sistemas da C&M Software, empresa de tecnologia que presta serviços a instituições financeiras, e desviado mais de R$1 bilhão de contas mantidas no Banco Central.
Segundo Rocelo Lopes, CEO da SmartPay, a movimentação incomum surgiu de contas recém-criadas em horários atípicos, como 1h da manhã.
A equipe imediatamente travou as transações e começou a cruzar dados com outras plataformas. A constatação: estavam diante de uma tentativa coordenada de lavar os valores desviados por meio de criptomoedas.
O ataque afetou contas de pelo menos seis instituições financeiras, segundo a BMP, um dos clientes da C&M. Apesar da gravidade, o banco informou que os clientes não serão prejudicados e que cobrirá os prejuízos.
De acordo com Rocelo, os criminosos enviaram os recursos roubados para diversas contas intermediárias, conhecidas como “laranjas”.
Dali, o dinheiro foi retirado em corretoras menores e, posteriormente, enviado para as mercados com maior volume de operação, onde tentariam camuflar a origem dos valores.
A estratégia foi parcialmente interceptada pela ação da SmartPay e da Tether, que possuem ferramentas para bloquear transações suspeitas. Ainda assim, parte dos recursos chegou a ser convertida em Bitcoin, o que dificulta o rastreio.
O Banco Central determinou o desligamento das instituições afetadas, enquanto a Polícia Federal foi acionada para investigar o caso. A empresa confirmou o ataque, mas ainda não revelou a extensão total dos danos.
Apesar do prejuízo bilionário, a resposta coordenada de empresas do setor mostra um amadurecimento no combate a crimes digitais envolvendo criptomoedas.
Segundo levantamento da Chainalysis, os hacks com criptoativos vêm caindo. Em 2023, o volume ilícito movimentado foi 38% menor do que no ano anterior, representando apenas 0,34% das transações em blockchain.
O dado sugere que o setor está mais preparado, mas ainda longe de estar totalmente seguro.
Por isso é importante entender como esse tipo de investimento funciona para se prevenir.
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