Uma banda satanista perdeu dois integrantes  por problemas cardíacos graves. Conhecido como Brujeria, o grupo tem no repertório músicas sobre anticristianismo, sexo, imigração e temas semelhantes. 

Para aumentar a mística das apresentações, seus integrantes usam máscaras. A ideia é que o destaque seja para as músicas, não para os cantores, além de o anonimato possibilitar que o dia a dia fora dos palcos não seja afetado.

O primeiro a falecer foi Pinche Peach, em 17 de julho de 2024. Ele tinha 67 anos e era o único a não usar máscara durante as apresentações. Sua morte foi anunciada no Facebook oficial da banda. A mensagem dizia: 

Nunca pensei que teria que fazer algo assim. Isso não é fácil para mim. Então, aqui estou eu com uma notícia muito dolorosa. Esta notícia dói mais do que qualquer outra que já anunciei aqui antes...

Pinche Peach da Brujeria faleceu na noite passada devido a sérias complicações cardíacas.

Ciriaco Quezada (Pinche Peach)
24 de novembro de 1966 a 17 de julho de 2024

Como membro de longa data da Brujeria, ele era o rosto sem máscara da banda! Ele era a "estrela" de todos os nossos videoclipes. Vídeos como "La Migra" e "El Patrón del Reventón".

A banda e eu sentiremos muito a sua falta. Nós te amamos e amamos trabalhar com você! Você nunca será esquecido!! Ele foi meu melhor amigo, meu irmão, meu colega de banda e meu primo.

Segunda perda 

No dia 18 de setembro, a banda sofreu uma nova baixa. O líder Juan Brujo, nome artístico de John David Lepe, morreu aos 61 anos.  

De acordo com um comunicado divulgado no Instagram, Lepe teve um ataque cardíaco em sua casa em Saint Clairsville, Ohio. 

 Embora tenha sido levado rapidamente ao hospital, não resistiu. O grupo pediu privacidade para a família e amigos e agradeceu o apoio dos fãs.

Controvérsias

A Brujeria nasceu no final dos anos 1980. O grupo ficou popular entre os fãs de heavy metal por causa de suas letras polêmicas e apresentações enigmáticas. Desde sua formação, seus integrantes mascarados, que se apresentavam como traficantes. 

Logo no primeiro álbum,  lançado em 1993, gerou polêmica. O disco intitulado "Matando Güeros", trazia na capa uma cabeça decapitada. 

A imagem levou à proibição do álbum em várias lojas. Com isso, o Brujeria passou a ser conhecido como "Mxtremistas", uma combinação de "México" e "extremistas".

Entre suas músicas mais populares, uma canção com mais de 2 milhões de visualizações no YouTube diz:  "trapaceando, o bruxo te deixa bem mutilado".

Apesar das baixas, o grupo segue na estrada. O filho de Juan Brujo afirmou em vídeo que mesmo com a morte de seu pai e de seu tio, “o espírito do brujeria” segue vivo.