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Delegações de Israel e do Hamas estão reunidas no Cairo, no Egito, desde segunda-feira (6), para tentar um acordo que encerre a guerra que já dura dois anos na Faixa de Gaza.
Entre os principais pontos em discussão estão o desarmamento do grupo, o futuro governo de Gaza e a libertação de reféns israelenses, questões consideradas sensíveis por ambos os lados.
O Hamas confirmou sua participação nas negociações e disse estar disposto a libertar todos os reféns “vivos e mortos”, após consultas com facções palestinas e mediadores do Catar.
O grupo afirmou desejar o fim do que classificou como “genocídio contra o povo palestino”.
Do outro lado, Benjamin Netanyahu declarou no sábado (4) que o país está “à beira de uma conquista significativa”.
Ele espera que a libertação dos reféns aconteça ainda durante o feriado judaico de Sucot, mantendo, no entanto, a presença militar israelense dentro de Gaza.
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O plano americano
O documento apresentado pela Casa Branca prevê a criação de um governo internacional temporário, chamado “Conselho da Paz”.
O órgão seria presidido por Donald Trump e contaria com outros líderes globais, entre eles o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.
De acordo com o texto, o controle de Gaza seria transferido futuramente à Autoridade Palestina.
A proposta estabelece ainda um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns israelenses mantidos pelo Hamas. Em contrapartida, Israel libertaria prisioneiros palestinos e devolveria corpos de vítimas do conflito.
O plano também impede a anexação de Gaza por Israel e exclui o Hamas do futuro governo local.
Integrantes do grupo que se renderem seriam anistiados, e a retirada das forças israelenses ocorreria de forma gradual, com a desmilitarização completa do território.
Donald Trump tem se posicionado como principal articulador das negociações. Em uma postagem na rede Truth Social, o presidente americano afirmou que as conversas estão “avançando rapidamente”.
Ele acrescentou que a primeira fase do acordo deve ser concluída ainda esta semana.
“O tempo é essencial, ou um grande derramamento de sangue seguirá — algo que ninguém quer ver”.
O republicano também disse que o plano “é ótimo para Israel, países árabes e o mundo”, e que a paz no Oriente Médio “pode finalmente estar ao alcance pela primeira vez em três mil anos”.
Cautela no campo de batalha
Apesar do otimismo de Washington, a porta-voz do governo israelense, Sosh Bedrosian, afirmou que ainda não há cessar-fogo em vigor e que apenas alguns bombardeios foram interrompidos.
O comentário contraria o pedido de Trump, que havia solicitado a suspensão imediata dos ataques após o Hamas aceitar discutir o acordo.
O Egito, anfitrião das conversas, tem papel central nas tratativas, mediando a comunicação entre os grupos e garantindo segurança às delegações.
Se concretizado, o plano proposto pelos Estados Unidos representaria a primeira trégua total desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
As próximas horas no Cairo devem definir se o cessar-fogo sairá do papel ou se o Oriente Médio seguirá preso a um conflito que já dura gerações.
Entenda o conflito entre Israel e o Hamas
Há dois anos teve início a guerra na Faixa de Gaza. No entanto, não é fácil compreender um conflito com tantas camadas históricas, religiosas, territoriais e políticas.
A maioria dos especialistas do Oriente Médio tem um consenso sobre o conflito entre Israel e Palestina: o ocidente possui uma visão nebulosa sobre o que acontece no Oriente Médio.
A relação entre as sociedades dessa região é complexa e não cabe nas simplificações políticas que são adotadas na visão de franceses, brasileiros ou americanos.
Para analisar o Oriente Médio, é preciso ajustar a lente para a lógica da região. Por esse motivo, a Brasil Paralelo mobilizou a sua equipe para ir até o local e ouvir as pessoas que de fato vivem essa realidade, produzindo o filme From The River To The Sea, Entenda a Guerra em Israel.
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