Meyer representou o Brasil no país durante os momentos mais tensos da crise diplomática causada pelas falas de Lula sobre a reação israelense ao ataque orquestrado pelo grupo terrorista Hamas, no dia 7 de outubro de 2023.
Na ocasião, o presidente havia comparado os bombardeios israelenses contra alvos palestinos às práticas de extermínio realizadas pelo governo de Adolf Hitler contra o povo judeu ao longo do Holocausto.
As falas foram repudiadas pelo governo israelense, que declarou Lula como persona non grata e convidou o embaixador para uma visita ao museu do Holocausto na esperança de receber um pedido oficial de desculpas, o que não ocorreu.
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Em resposta às reações, que foram consideradas como uma forma de humilhação contra o diplomata, o governo brasileiro convocou o embaixador a retornar para prestar "serviços de consultoria" durante três meses.
Meyer havia voltado a Israel há apenas uma semana e, com a decisão de Lula, deixará oficialmente o posto para servir na missão permanente brasileira junto à ONU.
O decreto de Lula não prevê um substituto direto para assumir o cargo após a saído do diplomata e por este motivo o comando da embaixada será realizado por Fábio Farias, encarregado de negócios.