Neste domingo, 156 milhões de pessoas tinham o direito e o dever de escolher o candidato que iria governar o país nos próximos quatro anos.

Segundo as apurações, 32 milhões não foram votar; quase seis milhões votaram nulo ou em branco; 58 milhões votaram em Jair Bolsonaro; e 60 milhões votaram em Lula, eleito novo presidente do Brasil.

A nossa democracia, regulada pela Constituição Federal de 1988, prevê a liberdade de todos esses brasileiros fazerem as suas escolhas. E é dever de todas as instituições, inclusive da mídia, respeitar a decisão do povo, registrada como soberana pela constituição.

A Brasil Paralelo nasceu apartidária e atuante no cenário cultural, há quase 10 anos, quando o Partido dos Trabalhadores governava o país. De lá para cá, tivemos o governo Dilma, o governo Temer, o governo Bolsonaro e, agora, teremos um novo governo.

A nossa empresa nunca recebeu e continuará não recebendo dinheiro público. Não prestando serviço ao governo, não se beneficiando das leis de incentivo, nem participando da campanha eleitoral de nenhum candidato.

Entendemos que a independência editorial depende de não ser uma mídia de aluguel, que depende financeiramente do Governo, de um partido ou de um político. A independência total sempre será a nossa marca.

Foi esse caminho que nos permitiu chegar até aqui de forma independente e produzir centenas de documentários, cursos, programas jornalísticos e entregar filmes do mundo inteiro para os espectadores do nosso streaming.

Hoje somos uma das maiores empresas de mídia do país, com mais de 15 milhões de espectadores recorrentes, mais de 440 mil assinantes de nosso streaming e por volta de 300 colaboradores trabalhando diariamente para fazer desta empresa uma referência de seriedade e comprometimento no mercado.

Os nossos espectadores e colaboradores têm a liberdade de se posicionar como quiserem. Mas sempre insistimos em reforçar que, por mais importante que a política seja para o país, a missão que queremos enfrentar é a de amadurecer a sociedade através da cultura e do conhecimento.

Não escolhemos candidatos ou partidos, mas entregamos produtos informativos e culturais que ajudam as pessoas a pensar e desenvolver melhor a sua personalidade. Com isso, elas decidem o que fazem das suas vidas em muitas esferas.

Mas, como toda a empresa de mídia, nós temos valores editoriais.

E, após uma eleição polarizada e diante de um Brasil que ainda parece dividido, decidimos reforçar algumas coisas em que acreditamos e que continuaremos defendendo.

• Defendemos a liberdade de expressão e de imprensa, a liberdade de manifestação artística, intelectual e religiosa e o direito de propriedade. Todos garantidos em cláusula pétrea, no artigo quinto da nossa Constituição.
• Somos críticos aos regimes totalitários, como o fascismo, nazismo, comunismo e outros que, ao longo da história, nos deram maus exemplos. Por isso acreditamos que a democracia constitucional é o que hoje temos de mais avançado para proteger liberdades individuais e sociais.
• Acreditamos na liberdade econômica, defendendo a prosperidade e o direito de livre iniciativa.
• Somos contra a corrupção, defendemos o devido processo legal e a igualdade do indivíduo perante a lei.
• Entendemos que a União e a Diplomacia são virtudes essenciais para a construção de uma sociedade estável e madura.
• Não subestimamos intelectualmente o nosso público, tratamos de temas complexos, com entrevistados plurais, bibliografia especializada e acreditamos no esforço didático e artístico para democratizar o conhecimento.
• Embora ninguém seja o dono da verdade, ela existe, e deve ser um esforço contínuo de todo ser humano conhecê-la; inclusive sendo nosso dever admitir quando a investigação sobre um determinado assunto não for conclusiva, seja do ponto de vista factual ou opinativo.

É preocupante que, nos últimos anos, muitos desses valores que afirmamos defender pareçam contraditórios com o discurso de alguns membros do atual Partido que assume a presidência.

O Brasil terá o desafio democrático daqui em diante de garantir o debate pacífico de ideias, principalmente para as alas de entendimentos diferentes.

Também observamos, apreensivos, o sistema de freios e contrapesos entre os três poderes constitucionais da República, torcendo pela sua estabilização.

A nossa postura com o novo governo continuará sendo a mesma que tivemos nos últimos três governos: a de defender essas ideias e valores para o público, para que eles possam avaliar suas vidas e a sociedade onde vivem.

A missão da Brasil Paralelo é resgatar os bons valores, ideias e sentimentos no coração de todos os brasileiros.

Continuem contando conosco e com a nossa transparência.

Esse é o nosso compromisso com a melhoria contínua em atender o público e o Brasil.