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Atualidades
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Claudia Leitte pode ser obrigada a pagar R$ 10 milhões por acusação de racismo religioso

Nesta terça-feira, 28 de janeiro, o Ministério Público da Bahia convidou 10 organizações de sociedade civil para audiência pública sobre racismo e intolerância religiosa.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
28/1/2025 17:09
Rondônia News

O Ministério Público da Bahia realizou uma audiência pública sobre o caso de Claudia Leitte. A instituição reunirá cerca de 10 entidades de direitos humanos e cultura sobre a intolerância religiosa e racismo. Também irá discutir modos de “reparação social” pelo que consideram os danos causados pela cantora. 

Entre os pedidos levados ao MP constam o pagamento de R$10 milhões para indenizar os alegados danos coletivos causados. 

Desde dezembro de 2025, Claudia Leitte vem sendo acusada de racismo e intolerância religiosa. O motivo é ela ter passado a cantar os versos de uma de suas antigas canções de modo diferente. Ao interpretar “Caranguejo”, tem substituído os versos "Joga flores no mar/Saudando a rainha Iemanjá" por "Joga flores no mar/Só louvo meu rei Yeshua", que é a tradução de Jesus em hebraico. 

Atualmente, a cantora enfrenta um processo civil que investiga sua "responsabilidade civil por possível ato de racismo religioso", conforme aponta a promotora Lívia Sant´anna Vaz, responsável pela ação. 

Caso a promotoria avalie como pertinente, poderá mover a ação para um processo criminal. 

Pedidos feitos ao MP

Entre os pedidos feitos ao MP constam o valor que seria usado para realizar campanhas contra o racismo religioso. Além disso, os reclamantes solicitam que Cláudia deixe de cantar “Caranguejo” e, se o fizer, que mantenha a letra original. A canção é de autoria de Alan Moraes, Durval Luz e Luciano Pinto, que trabalham com a artista há muitos anos. Eles não se opuseram à alteração feita pela cantora na letra. 

A música foi composta em  2004, antes de a cantora se converter ao cristianismo. 

A denúncia partiu do Instituto de Defesa das Religiões Afro-Brasileiras (Afro) e da iyalorixá Jaciara Ribeiro. 

No dia 30 de dezembro de 2025, quase um mês depois da acusação, a cantora se pronunciou sobre o caso. Durante uma coletiva de imprensa antes do Festival Virada de Salvador, afirmou: 

“Esse é um assunto muito sério. Daqui do meu lugar de privilégio, o racismo é uma pauta que deve ser discutida com a devida seriedade, e não de forma superficial”. 

E continuou: 

“Prezo muito pelo respeito, pela solidariedade e pela integridade. Não podemos negociar esses valores de jeito nenhum, nem jogá-los ao tribunal da internet. É isso”.

Desentendimento com Ivete Sangalo

Claudia Leitte recentemente deixou de seguir Ivete Sangalo nas redes sociais. Embora tenha se recusado a comentar o motivo, “a rainha do Axé” foi uma das primeiras a apoiar a publicação que deu origem à polêmica. Ao ler a publicação de Pedro Tourinho sobre a mudança em “Caranguejo”, Ivete curtiu e escreveu “sim” nos comentários.

No dia 16 de dezembro, sem mencionar Claudia diretamente, o secretário de cultura de Salvador afirmou que a retirada de nomes de orixás das músicas é um ato de racismo. Ele destacou a importância da cultura negra no axé music e o

protagonismo dos cantores brancos, enquanto artistas negros ficam nos bastidores.

A partir de então, a polêmica ganhou grande repercussão nas redes sociais, a ponto de ir parar na Justiça. 

Claudia foi vítima de grande perseguição, mas por outro lado recebeu muito apoio de seus fãs. 

Entre os artistas que se posicionaram a favor dela estão Paula Lima e Érika Januzza. 

Há racismo no caso Claudia Leitte?

O advogado Hédio Silva Júnior, coordenador do Instituto que entrou com a ação  classifica como “histórica” a movimentação das entidades junto ao MP da Bahia. Ele afirmou que o inquérito em curso está “investigando aqui crime de dano ao sentimento dos afro-religiosos”. 

Em entrevista ao jornal A TARDE, o advogado disse que a investigação pretende “quantificar a extensão e profundidade do dano moral coletivo aos afro-descendentes que, obviamente, sentiram-se ofendidos com essa mudança, até porque ela confessa, obviamente, que mudou [a letra da música] por conta da mudança de religião dela”. 

O advogado André Marsiglia afirma que não há racismo na troca feita pela cantora, André explica que racismo religioso é o ato de rebaixar deliberadamente alguém ou grupo em razão de sua fé:

“Claudia não fez isso, apenas reforçou a dela ao cantar “Jesus”. Quem acredita que trocar a letra de uma música em favor de sua fé humilha a do outro entende que sua crença é melhor, mais adequada ou correta.”

Marsiglia destaca que quem está vendo racismo no episódio, ainda que não perceba, é o verdadeiro preconceituoso da história. 

A assessoria de imprensa de Claudia Leitte tem se recusado a se manifestar sobre o caso. A cantora tem direito ao devido processo legal. 

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