Cinco momentos polêmicos do discurso de Trump na ONU

Trump discursou durante a abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas na manhã de hoje (23).

O discurso foi marcada por comentários polêmicos acerca de diversos temas, incluindo questões como:

• aquecimento global;
• ONU
• guerra na Ucrânia; 
• a relação com Lula; e
• a perseguição aos cristãos

Veja o que ele falou sobre cada um desses tópicos:

Trump diz que discurso de sustentabilidade é um “golpe”

Durante seu discurso, Trump afirmou que o discurso de sustentabilidade fazia parte de uma narrativa fraudulenta:

“A energia verde é um golpe, o seu país vai falir. E se vocês não não impedirem, vocês não conseguirem ver isso que vocês não viram antes”

O presidente afirmou que há um movimento de países declarando que ele estava certo em se opor à pauta:

“Isso acabou, os países acabaram entrando nesse golpe do verde, por exemplo. Tem uma campanha que diz: ‘O Trump estava certo sobre tudo’. Eu não quero me gabar muito, mas é verdade, eu eu estava certo”.

Ele também culpou a ONU por fazer relatórios alarmantes que não representariam a verdade:

“Todas essas previsões feitas pelas Nações Unidas estavam erradas, foram feitas por gente burra. E os países, os destinos dos países acabaram sendo decididos.”

A Brasil Paralelo investigou a questão ambiental com o documentário Cortina de Fumaça. Assista completo abaixo:

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Presidente falou que a ONU causa mais problemas do que soluciona

Para ele, a organização não apenas falha em resolver problemas, como também cria novos desafios para os países-membros.

“Não só a ONU não está resolvendo os problemas que deveria, como com muita frequência cria problemas que nós temos que resolver. Por exemplo, o problema político número um do nosso tempo: a imigração descontrolada. Os seus países estão sendo destruídos”. 

Trump acusou a instituição de financiar a entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos. 

Segundo ele, a ONU teria destinado mais de 300 milhões de dólares para apoiar migrantes que cruzaram a fronteira Sul:

“A ONU está apoiando pessoas que entram de forma ilegal nos Estados Unidos e depois nós somos responsáveis por removê-las”.

Ao ampliar suas críticas, Trump disse que a ONU falha em exercer o papel de mediador em crises internacionais. “A ONU deve interromper invasões, não promovê-las, muito menos financiá-las”, afirmou.

Trump destacou o potencial da entidade

Trump destacou que, enquanto estava empenhado em negociações de paz, a organização se limitava a aparecer apenas depois das crises.

“A ONU tem um potencial tão grande, eu sempre disse isso. Tem um potencial imenso, mas não está chegando nem perto de tornar esse potencial uma realidade”.

De acordo com o presidente americano, a ONU se limita a declarações sem efeito prático diante dos principais conflitos globais:

“Tudo que eles parecem fazer é escrever cartas com argumentos bastante fortes, mas não fazem nada. São palavras vazias. E palavras vazias não resolvem guerras. O que resolve guerras é ação”.

Trump critica os países que comercializam com a Rússia

O presidente comentou que foi responsável por parar uma série de guerras ao redor do mundo.

Em meio à fala ele abordou a guerra na Ucrânia, culpando os países que seguem comercializando com a Rússia pelas mortes.

Um dos destaques do presidente foi que países da OTAN continuam comprando petróleo russo:

“A China e a Índia estão ajudando essa guerra por continuarem comprando o petróleo russo, mesmo países da OTAN não cortaram os seus suprimentos de energia russa.”

Trump afirmou que os países europeus estão financiando a máquina de guerra da Rússia apesar de serem ameaçados pelo conflito:

“A Europa tem que avançar! Vocês estão comprando petróleo e gás da Rússia enquanto lutam contra a Rússia!” 

Ele também anunciou uma nova rodada de sanções e convocou os países europeus a colaborarem:

“Os EUA estão preparados para impor isso uma rodada muito forte de tarifas que podem acabar com esse banho de sangue rapidamente, mas para que essas tarifas sejam eficazes, as nações europeias devem se juntar a nós em adotar as mesmas medidas.”

Trump diz que gostou de Lula e anuncia reunião

Trump anunciou que deverá se encontrar com Lula enquanto discursava na abertura das Assembleia das Nações Unidas.

O presidente havia acabado de falar sobre as tarifas contra o Brasil e criticar o cenário político no país quando comentou sobre seu breve encontro com Lula.

Os dois conversaram por alguns segundos e concordaram em marcar uma reunião para a próxima semana: 

“Eu tenho um pouco de problema em falar isso porque eu estava entrando quando o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu e nos abraçamos… Nós conversamos, tivemos uma boa conversa e concordamos em conversar na semana que vem, se for de interesse.”

Veja o discurso de Trump completo com tradução simultânea da Brasil Paralelo. Assista abaixo:

Trump seguiu seu discurso elogiando Lula e falando que o presidente parece ter gostado dele e vice-versa, chegando a declarar que eles tiveram uma “ótima química”.

“Ele parece um homem muito legal, ele gostou de mim e eu gostei dele. Eu só faço negócios com quem eu gosto, quando eu não gosto eu não gosto. Tivemos uma ótima química por pelo menos 39 segundos”.

Presidente disse que cristianismo é a religião mais perseguida no mundo

Trump falou sobre os valores idealizados pelos fundadores dos EUA após a revolução de 1776.

O presidente falou que a visão de mundo dos pais fundadores americanos inspiraram nações ao redor do mundo.

Ele seguiu convidando os membros da Assembleia a defenderem esses valores, incluindo a liberdade de expressão e a liberdade religiosa.

Em seguida, foi mencionado que o cristianismo pode ser considerado a religião mais perseguida do mundo:

“Vamos proteger a liberdade religiosa, inclusive a religião mais perseguida do planeta hoje se chama cristianismo”.

Segundo dados da ONG Portas Abertas, aproximadamente 380 milhões de cristãos sofrem com perseguições e ataques.

Isso significa que um a cada sete cristãos está em risco por causa de questões religiosas.

Tendo em mente a gravidade dessa questão, a Brasil Paralelo criou um curso sobre liberdade religiosa.

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