Foi o primeiro debate realizado após a “cadeirada” de Datena (PSDB) em Marçal (PRTB) no debate da TV Cultura, no último domingo, 15 de setembro.
O empresário afirmou que o jornalista se comportou como um “orangotango”. Ao longo de todo o evento, Datena não se absteve de comentar o ocorrido:
“Covarde, apanha uma vez só”, afirmou sobre Marçal.
No primeiro bloco, o que se configurou foi um acúmulo de ofensas e pedidos de direitos de respostas.
Logo no início, os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal protagonizaram um novo bate-boca.
Nunes iniciou aconselhando Marçal a conduzir um debate em alto nível, sem agredir os outros candidatos. Em resposta, o ex-coach disse que o atual prefeito o ofendeu durante muito tempo em seu programa na TV e no rádio, e que agora pede para que ele se comporte:
“Você usa dinheiro público, destrói tudo e ainda pede que eu me comporte”, afirmou.
Os dois começaram uma troca de ofensas, permeada por gritos de um contra o outro fora do microfone.
“`Tchuchuca do PCC`, `Bananinha`, `agressor de mulheres`”, foram adjetivos usados Marçal contra Nunes. Este último se referia ao boletim de ocorrência por violência e ameaça registrado pela esposa de Nunes contra ele em 2011.
O prefeito nega a acusação. Ele afirma que se trata de uma mentira inventada por uma vizinha e que já foi desmentida pelo síndico do prédio:
“Sou casado há 27 anos e amo a minha esposa”.
Uma reportagem publicada por O Estado de São Paulo confirma que em 18 de fevereiro de 2011, a empresária Regina Carnovale Nunes foi à 6 ª Delegacia da Mulher, no bairro de Santo Amaro, e registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica, ameaça e injúria.
No entanto, o inquérito não avançou porque Regina não abriu representação contra Nunes. Na época, eles estavam separados há 7 meses. Na queixa, Regina afirmava que o marido não aceitava a separação.
Após o debate, Regina Nunes se manifestou:
"Ele citou meu nome perguntando se meu marido batia com uma ou duas mãos. Não, meu marido nunca me bateu. Ao contrário de você, que usava suas duas mãos para roubar os velhinhos", afirmou.
O prefeito partiu para o embate contra Marçal:
“Você saiu da cadeia, mas a cadeia não saiu de você”.
Nunes enfatizou que em 2010 Marçal foi réu em um processo sobre supostos crimes de desvio em contas de bancos como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Na ocasião, o ex-coach se mudou para os Estados Unidos e o crime acabou prescrito.
Desde a primeira menção ao candidato do PSOL, Marçal chama Guilherme Boulos de “Boules”, uma ironia em relação à linguagem neutra. O empresário então gesticulou como se estivesse sendo censurado.
Ao se referir a Ricardo Nunes como “Bananinha” e ser novamente advertido pela mediadora do debate, Pablo chamou o adversário de “futuro ex-prefeito de São Paulo”.
O empresário falou das vezes em que o psolista foi levado até a delegacia; Boulos reagiu, insinuando que o influenciador irá perder as eleições:
“Marçal, você vive de mentiras. Ataca, mente e depois toma uma cadeirada. Não vou cair na sua provocação porque ela tem prazo de validade, só dura três semanas”.
O candidato do PSOL também afirmou que o atual prefeito se negou a liberar um terreno para a construção de centros oncológicos por disputa de poder político.
Marina questionou Tabata sobre a utilização de jatinho para supostas viagens que teria feito para visitar o namorado, João Campos (prefeito de Recife):
“Não tenho nada contra, mas quero saber quem pagou essa conta”.
Tabata respondeu que nunca viajou de jatinho e embora tenha familiares na região, não os visita há bastante tempo.
De acordo com os jornalistas do UOL, a deputada do PSB ficou indignada. No intervalo, Tabata foi conversar com Marina Helena, disse que não costuma usar jatinho e que irá processá-la pela compartilhar informações falsas.
Em entrevista concedida ao final do debate, Marina afirmou que recebeu a informação de diversas fontes.
Outra novidade foi a pergunta que José Luiz Datena fez a Marina Helena sobre a participação dela no desfile de 7 de setembro. O apresentador disse que ela protestou contra o STF e perguntou se isso não significa ir contra as instituições democráticas brasileiras.
Marina Helena (Novo/SP) rememorou o recente episódio na TV Cultura. Afirmou que repudia baixarias, mas que não há termo de comparação entre violência verbal e física, como a cometida por Datena contra Marçal no último debate:
“Em qualquer outro lugar do mundo, uma pessoa que agride outra teria saído do debate presa”, afirmou.
Datena reiterou o que vem falando desde o incidente com Marçal: que apenas respondeu a uma agressão.
“Olha, cadeirada quem levou fui eu. Fui acusado de um crime, que eu nem passei perto de cometer. Agora, a cena que este covarde [Marçal] fez para se internar foi um circo, devia ter sido internado no oitava andar, que é a ala da psiquiatria”.
Disse ainda que não estava feliz com o que aconteceu. Justificou sua atitude pela honra de sua família:
“Desde criança meu pai me ensinou que eu tenho que honrar a mim mesmo e minha família até a morte. Eu estou disposto a fazer isso, mas estou disposto a conversar”.
Marçal também pediu desculpas a Tabata. Em debates anteriores, o candidato do PRTB acusou a família de não ter cuidado direito do pai dela, que faleceu pelo uso de drogas:
“Tabata, fui injusto com você. Você me perdoa?”. Disse também que não sabia muito sobre a vida dela.
Ao longo da campanha, Tabata tem sido a candidata mais combativa em relação a Marçal. Há dois vídeos em suas redes sociais em que ela faz acusações de envolvimento com membros da Primeiro Comando da Capital.
A candidata do PSB não aceitou o pedido de desculpas e disse que Marçal “ataca e mente, porque ganha dinheiro com isso”.
“Boulos, o PL 2622 , que seu seu partido apresentou, irá libertar 42 mil traficantes. Como você explica isso?”
O prefeito de São Paulo fazia referência à anistia para quem portar ou transportar até 40g de drogas.
Boulou comparou Nunes a Marçal e enfatizou que os dois têm "baixo nível”. Disse também que não era a favor das drogas, mas acredita que o traficante deva ser separado do usuário.
"Sou o único candidato que não recebeu zap do Pablo Marçal. Graças a Deus! Se eu receber, bloqueio", disse.
Datena (PSDB) acusou Marçal (PRTB) de exagerar na reação ao ataque com a cadeira:
“Ele deveria ter sido internado no oitavo andar, que é a ala psiquiátrica”.
No último debate organizado pela TV Cultura, o jornalista partiu para cima do empresário com uma cadeira, após ser acusado de assédio sexual contra uma jornalista.
Apesar de menos combativo do que a última edição, o debate de hoje comprova que a disputa pela prefeitura de São Paulo tende a permanecer acirrada e, com debates combativos e pouco propositivos.
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