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Atualidades
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Brasil em chamas: índice de queimadas aumentam 81% em relação ao mesmo período de 2023

Brasil teve 107.133 focos de queimadas em 2024. Crise ambiental impacta a qualidade do ar, força evacuações e levanta suspeitas de ações criminosas.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
27/8/2024 12:11
Gazeta do Povo

O Brasil enfrenta um príodo crítico em relação às queimadas, com focos de incêndio se espalhando por várias regiões do país. 

  • O país atualmente registra 17.182 focos de incêndios, o que significa índice 81% maior do que foi registrado em 2023. Entre os dias 1º de janeiro e 25 de agosto, foram registrados 107.133 focos de queimadas no país em 2024. O índice significa um aumento  de 75% em relação ao mesmo período de 2023.O resultado é um grande impacto que afeta tanto o meio ambiente quanto a vida das pessoas.

Incêndios. Imagem: CBN.

Caos ambiental

  • Nos últimos dias, uma densa camada de fumaça cobriu cidades inteiras, como Brasília e Goiânia, prejudicando a qualidade do ar e levando ao cancelamento de voos. 

O fenômeno é impulsionado por uma combinação de fatores climáticos e, possivelmente, ações humanas. 

No estado de São Paulo, a situação é especialmente grave. 

  • Na última sexta-feira, foram registrados quase 5 mil focos de calor em todo o Brasil, dos quais mais de 1.800 ocorreram em São Paulo, superando até mesmo os incêndios na Amazônia

Municípios no interior do estado, como Ribeirão Preto, foram particularmente afetados, com moradores sendo forçados a abandonar suas casas devido ao avanço das chamas. Em algumas regiões, a fuligem se acumulou a tal ponto que as escolas tiveram de suspender as aulas, e o céu escureceu em pleno dia, criando um cenário apocalíptico.

A chegada de uma frente fria, que trouxe ventos fortes, espalhou ainda mais a fumaça, levando-a a cobrir grandes áreas e impactando severamente a visibilidade. Em Goiás, a fuligem foi responsável pelo desvio e cancelamento de voos, enquanto no Distrito Federal, a qualidade do ar foi declarada insalubre, colocando em risco a saúde da população.

Vários estados atingidos

As queimadas não se restringem a São Paulo. Em estados como Amazonas, Acre e Rondônia, a qualidade do ar despencou devido à fumaça, de modo que as autoridades emitiram alertas sobre os riscos à saúde. A situação é tão crítica que, em algumas localidades, a visibilidade foi reduzida a níveis perigosos, dificultando a vida cotidiana.

“Dia do Fogo”

O cenário atual desperta lembranças de eventos passados, como o "Dia do Fogo" de 2019. Na ocasião, um grande número de incêndios foi provocado de forma intencional no Pará. Alertadas pela gravidade da situação, as autoridades iniciaram investigações. A Polícia Federal já abriu mais de 30 inquéritos, focando principalmente na Amazônia e no Pantanal, regiões historicamente vulneráveis a esse tipo de crime. Em Goiás, um suspeito foi preso em flagrante enquanto ateava fogo em pastagens, levantando suspeitas de que as ações criminosas possam estar se repetindo em outras partes do país.

Ao mesmo tempo, enquanto o fogo avança no Sudeste e Centro-Oeste, uma frente fria no Sul do país trouxe neve para cidades de Santa Catarina, ilustrando as condições climáticas extremas e contrastantes que o Brasil enfrenta. As queimadas tendem a ocorrer com maior frequência durante o inverno e o início da primavera, quando o clima seco predomina nessas regiões. Contudo, a intensidade e a distribuição dos incêndios registrados nos últimos dias ultrapassam o esperado, criando um estado de alerta que mobiliza autoridades em todos os níveis.

Queimadas na Amazônia. Imagem: blog da FAS. 

Gabinete de crise para reverter os efeitos dos incêndios

Ciente da gravidade da situação, o governo do estado de São Paulo estabeleceu um Gabinete de Crise Emergencial para monitorar e combater os incêndios. No último sábado, o governador Tarcísio de Freitas sobrevoou as áreas mais afetadas para avaliar os danos e coordenar as ações de resposta. Em Votuporanga, um incêndio de grandes proporções consumiu cerca de 180 hectares de terreno, incluindo áreas de preservação permanente e plantações de cana-de-açúcar, enquanto as causas ainda são investigadas.

Embora as chuvas esperadas para os próximos dias possam aliviar a situação em algumas regiões, o risco de novas queimadas permanece alto, especialmente em áreas como Manaus, onde as temperaturas devem ultrapassar os 40ºC nas próximas semanas. A combinação de calor extremo e seca prolongada pode criar novas condições propícias para o surgimento de mais focos de incêndio, prolongando o pesadelo que atualmente assola o país.

Parlamentares se manifestam sobre os incêndios

Em meio a essa crise, o governo federal tem sido alvo de duras críticas. A oposição, liderada por figuras como a deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP), acusa o governo de ineficiência e hipocrisia.

"O Brasil enfrenta recorde de focos de incêndio e o que vemos? Silêncio total! Os mesmos artistas e ONGs que se reuniam para atacar Bolsonaro por uma faísca, hoje permanecem calados e omissos. Um boicote contra o Brasil, contra os brasileiros", declarou Waiãpi. A deputada se refere ao modo como entende que mídia e organizações não governamentais teriam abordado o tema nos últimos anos.

Por outro lado, parlamentares governistas como o senador Rogério Carvalho (PT-SE) saíram em defesa do Executivo e apontaram que os focos de queimadas são “atípicos” e “criminosos”.

“A situação dos incêndios criminosos no Brasil é inaceitável e coloca em risco nosso meio ambiente e a saúde de milhões de brasileiros. Os focos de queimadas, como bem apontaram o presidente Lula e a ministra Marina Silva, são atípicos e precisam, sim, ser rigorosamente investigados pela Polícia Federal”, afirmou Carvalho.

O impacto das queimadas vai muito além da destruição imediata da vegetação. A fumaça tóxica que invade as cidades representa uma séria ameaça à saúde pública, especialmente para crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias. Além disso, os danos à fauna e flora são incalculáveis, com diversas espécies de animais e plantas sendo exterminadas ou gravemente prejudicadas.

O Brasil, mais uma vez, se vê diante de um desafio ambiental de grandes proporções, que exige uma resposta coordenada e eficaz para evitar que tragédias como essa se repitam no futuro. A guerra contra o fogo e a criminalidade relacionada às queimadas é um teste crucial para o governo e para a sociedade, que precisa se unir para proteger o patrimônio natural e garantir um futuro mais seguro e saudável para todos.

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