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Bolsonaro na Polícia Federal: ex-presidente e aliados prestam depoimento hoje sobre suposta tentativa de golpe

O ex-presidente afirma que usará o seu direito constitucional de ficar calado. Segundo ele, essa decisão foi tomada pois seus advogados não teriam tido acesso ao processo. Alexandre de Moraes nega que isso tenha ocorrido.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
22/2/2024 11:15
Alan Santos / PR Disponível em: Poder 360

Do que se trata a investigação?

A operação foi nomeada Tempus Veritatis (Tempo da Verdade, em Latim). Ela surgiu com o objetivo de investigar uma suposta tentativa de golpe que teria sido orquestrada pelo governo Bolsonaro.

A operação foi orquestrada pela Polícia Federal, sendo autorizada pelo Ministro Alexandre de Moraes. As ações são fruto da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e de investigações sobre os atentados de 08 de janeiro.

No dia 08 de fevereiro, ela realizou a prisão de ex-assessores de Bolsonaro.

O Depoimento de Bolsonaro faz parte dessa operação

O ex-presidente Bolsonaro irá depor hoje, 22 de fevereiro, para poder dar a sua versão sobre os fatos. Bolsonaro chegou a pedir diversas vezes adiamento do depoimento, pois, segundo ele, seus advogados não estavam tendo acesso ao processo. O pedido foi negado por Alexandre de Moraes.

Em resposta à decisão de Moraes, existe a possibilidade de Jair Bolsonaro utilizar o seu direito constitucional de ficar calado. 

Também irão depor, no mesmo horário, alguns de seus aliados.

Em Brasília:

  • Augusto Heleno (general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional);
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça);
  • Marcelo Costa Câmara (coronel do Exército);
  • Mário Fernandes (ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência);
  • Tércio Arnaud (ex-assessor de Bolsonaro);
  • Almir Garnier (ex-comandante geral da Marinha);
  • Valdemar Costa Neto (presidente do PL);
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa);
  • Cleverson Ney Magalhães (coronel do Exército);
  • Walter Souza Braga Netto (ex-ministro e ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro);
  • Bernardo Romão Correia Neto (coronel do Exército);
  • Bernardo Ferreira de Araújo Júnior;
  • Ronald Ferreira de Araújo Junior (oficial do Exército).

Em outros Estados:

  • Rio de Janeiro: Hélio Ferreira Lima, ⁠Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, ⁠Ailton Gonçalves Moraes de Barros e ⁠Rafael Martins Oliveira;
  • São Paulo: Amauri Feres Saad e ⁠José Eduardo de Oliveira;
  • Paraná: Filipe Garcia Martins;
  • Minas Gerais: Éder Balbino;
  • Mato Grosso do Sul: Laércio Virgílio;
  • Espírito Santo: Ângelo Martins Denicoli;
  • Ceará: Estevam Theophilo (esse depoimento é o único marcado para sexta-feira).

A expectativa dos aliados de Bolsonaro é que os outros depoentes sigam a estratégia do ex-presidente e evitem falar sobre qualquer coisa que possa prejudicar a defesa.

Já a Polícia Federal espera que pelo menos alguns, dos vários depoimentos, revelem elementos que ajudem na investigação.

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