A pandemia de covid-19 e a crise econômica provocaram um aumento na emigração de argentinos ao Brasil, segundo o Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra).
O levantamento mostra que 6,6 mil argentinos vieram ao Brasil em 2022. Em relação a 2019, último ano pré-pandemia, houve um aumento de 20% (5,4 mil). Em relação a 2021, o aumento é ainda maior: 82%.
A Argentina enfrenta uma inflação de mais de 100% ao ano. De acordo com a imprensa local, a rápida desvalorização do peso causou transtornos logísticos para os clientes, para as empresas e para os bancos, que tiveram de abrir os cofres e acomodar mais notas nos caixas eletrônicos, além de degradar o poder de compra dos argentinos.
O país foi obrigado a colocar em circulação a nota de 2 mil pesos. Considerando as taxas de câmbio paralelas, comumente usadas na Argentina, a nova cédula vale cerca de US$ 4 (R$ 20).
Pela taxa oficial, supervalorizada em razão das restrições impostas pelo governo e pelos controles cambiais, vale cerca de US$ 8,50.
Os preços ao consumidor subiram 109% em abril — a taxa mais alta desde 1991. A escalada de preços deve levar a economia argentina à recessão antes das eleições presidenciais deste ano.
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, deve visitar o Brasil para pedir auxílio financeiro. O encontro com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrerá em 26 de junho.
O pedido de socorro ainda precisa da aprovação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD).
No entanto, a operação enfrenta resistência dentro do banco. Tal medida demandaria uma alteração no estatuto do NBD, visto que a finalidade da instituição é financiar projetos de infraestrutura para os países associados — e não conceder empréstimos de liquidez a terceiros.
Antes conhecido como a Europa da América Latina, a Argentina é hoje sinônimo de pobreza e instabilidade política. O país conserva o mesmo PIB há 40 anos, com um crescimento de apenas 1% ao ano no período.
Sem credibilidade no mercado para se financiar só vendendo títulos públicos, o país passou a imprimir pesos.
A impressão foi tanta a ponto de precisar contratar casas da moeda no Brasil e na Espanha e levar os bancos a ampliar áreas de armazenamento de notas e adquirir novos cofres.
A crise argentina é um sinal de alerta. Se um país que já foi uma das potências econômicas mundiais atingiu elevados índices de pobreza, por que outros países estariam ilesos?
As escolhas dos governantes, a corrupção, a desvalorização da moeda e outros problemas levaram o país à queda.
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