Justiça Brasileira
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Advogado de Bolsonaro cobra ‘liberdade de defesa’ no julgamento

Celso Vilardi questionou a falta de acesso a provas completas no STF.

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Publicado em
26/3/2025 16:04
Perfil da Brasil Paralelo no X

Hoje, quarta-feira, 26 de março, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal tornou Bolsonaro réu por unanimidade.
Ao longo de dois dias de julgamento, o advogado de defesa do ex-presidente, Celso Vilardi, levantou a voz em defesa do ex-presidente. 

"Precisamos ter liberdade de defesa, senão fica muito complicado", declarou ele em sustentação oral, conforme registrado pelo Estadão, enquanto pedia a rejeição da denúncia.

Ele criticou o uso de trechos de diálogos como base da acusação, sem que a defesa tivesse acesso à íntegra das conversas periciadas pela Polícia Federal (PF). 

"Estão no contexto? Fora dele? Há algo a mais ou a menos? Nós não sabemos", completou, sugerindo que a falta de transparência ameaça o direito fundamental de defesa. 

A PGR acusa Bolsonaro de liderar uma trama para impedir a posse de Lula, apoiada em depoimentos, mensagens e documentos.

Provas estariam sob suspeita?

Vilardi questionou a solidez das evidências apresentadas, apontando que a PGR e a PF construíram uma narrativa sem atos concretos de Bolsonaro nos eventos de 8 de janeiro de 2023. 

Ele destacou a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, como frágil, já que Cid não ligou diretamente o ex-presidente à invasão dos Três Poderes. 

Mensagens extraídas de celulares apreendidos são o cerne da denúncia, mas a defesa alega que recortes seletivos distorcem a realidade.

O advogado também tentou levar o caso ao plenário do STF, argumentando a relevância de julgar um ex-presidente em colegiado maior, mas a Primeira Turma rejeitou o pedido por unanimidade. 

A luta da defesa é por acesso total às provas, que considera essencial para um julgamento justo.

O destino nas mãos do STF

Após o STF tornar Bolsonaro réu por unanimidade, Vilardi aposta em falhas processuais para derrubar o caso. O desfecho pode redefinir os rumos dessa disputa judicial.

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