Tallis Gomes

Fundador e mentor do G4 Educação. Fundador da Easy Taxi e Singu.

OPINIÂO

Enfrentando a realidade de uma #EspécieEmExtinção

Empresas que já foram gigantes, hoje lutam para sobreviver. Estamos presenciando o início de um evento de extinção em massa no mundo dos negócios?

Tallis Gomes

Segundo os biólogos, a extinção de plantas e animais tende a ocorrer em grupos, que eles nomearam períodos de extinção. 

Se você fosse listar todas as espécies que já existiram na Terra - desde a menor bactéria até o maior mamífero - estima-se que em torno de 99% das que já existiram, hoje estão extintas

Já faz algum tempo que os cientistas vêm argumentando sobre um novo período de extermínio, chamado Holoceno. Diferentemente das eras anteriores, o preço dessa conta, atualmente, é atribuída à ação da humanidade no planeta.

No entanto, apesar de muito se falar sobre a preservação ambiental, pouco se fala sobre outro tipo de ameaça…que está ocorrendo agora, no momento em que você lê esse texto. 

Isso porque o mundo empresarial parece refletir uma tendência similar. Muitas companhias, grandes e pequenas, não estão conseguindo se adaptar rapidamente às mudanças e pressões crescentes do mercado.

Empresas como Americanas, Casas Bahia, Light e Gol, que já foram gigantes indiscutíveis, agora lutam para sobreviver.

E, de fato, um estudo divulgado pela Tuck School of Business revelou que a longevidade das companhias tem diminuído significativamente. Organizações fundadas antes de 1970 tinham 92% de chances de sobreviver nos próximos cinco anos, enquanto aquelas fundadas entre 2000 e 2009 tinham apenas 63% de chance. 

Infelizmente, essa “ameaça de extinção”, começa com uma noção simples, mas poderosa, que pode ser observada nas planícies do norte da Tanzânia.

Lá, existem duas espécies de animais que dominam o ecossistema: os leões e os elefantes. Ambos são totalmente diferentes um do outro. Os leões (reis da selva), assumem riscos e são absolutamente focados em seus objetivos, enquanto os elefantes são pouco aventureiros e preguiçosos.

Essas diferentes personalidades ajudam a traçar um quadro do estado atual do empreendedorismo em todo o mundo. Há menos empreendedores – e leões – do que costumavam existir. Por que? 

Primeiro, muitos de nós nos tornamos elefantes, paramos de correr risco, relaxamos e nos acomodamos. Nada é tão perigoso para um gestor quanto resolver todos os seus problemas e perder a sua fome.

Segundo, permitimo-nos contratar elefantes que contaminam a organização com a disseminação de uma cultura woke - que criminaliza a meritocracia - e pior, muitas vezes, trazem a mancha comunista para dentro das nossas salas de reunião. 

Fato é que nenhuma empresa está segura. E este declínio está conduzindo a uma emergência global, já que sem empresários, não há sobrevivência ou evolução do mundo e da sua população. Não só somos fundamentais para a inovação, como também os principais motores da criação de empregos e geração de renda.

Pense, o que seria do Brasil sem os empreendedores? Do cachorro quente na rua, picolé, mate na praia… Estamos entre os países que mais empreendem do mundo. 

Só as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 80% das vagas com carteira assinada que foram criadas ao longo do ano passado, segundo levantamento do Sebrae. 

Ainda assim, mesmo que um dos job descriptions do empreendedor seja ser capaz de levar porrada todo santo dia, até a mais ávida determinação sufoca quando a força dominante de um povo é um regime opressivo e controlador.  

Em nosso país, a carga regulamentar é pesada. Há insegurança. Temor. Contas bancárias minguantes ou vazias. Solidão (sim, o empreendedorismo pode ser solitário). Pressão. Conflitos entre os poderes constituídos. Decisões “excessivamente criativas” do Poder Judiciário… 

Recentemente, por exemplo, o STF suspendeu a lei que prorrogou a desoneração da folha até 2027, uma medida que havia sido criada para que o empreendedor pudesse contratar mais e manter esses empregos. Pois é, é inacreditável como, aqui, as regras do jogo mudam a todo momento

O resultado de toda essa bagunça? Pasme, tivemos 4 empresas fechadas por minuto em 2023.  

Aprendi com Barão de Mauá que o melhor programa econômico do governo é não atrapalhar aqueles que produzem, investem, poupam, empregam, trabalham e consomem. 

Por isso, sou brutalmente a favor de um Estado mínimo e uma sociedade onde as pessoas tenham a liberdade de explorar ideias e o direito de reter os frutos do seu trabalho, habilidades e talentos para avançar na vida. Mas como se comportar nesse cenário?

Em vez de enfrentar a extinção, temos a opção de sobreviver e prosperar

Tive a sorte de trabalhar com e perto de muitos empreendedores em minha carreira. Apesar de diferentes, todos possuem um traço em comum: não permitem que obstáculos atrapalhem seus planos

Muitas vezes, sentado na cadeira de gestor, você se vê imerso em tantos problemas (tributação excessiva, overdose de regulamentação, dificuldades em encontrar profissionais triple-A…) que não consegue enxergar justamente o “óbvio”: as práticas de gestão tradicionais que tiveram origem durante a 1ª Revolução Industrial, não refletem mais como os negócios de hoje operam. E o que isso significa?

Eu diria que deixa as companhias com duas opções. Ou rolar os dados, dar all in e ver se tem sorte – não recomendado. Ou mudar a maneira como se administra o negócio, dando a ele a capacidade de mudar, adaptar e prosperar nesse novo e hostil habitat. Mas não se pode chegar lá com o mindset do passado, já que é improvável que o mundo desacelere e diminua as suas demandas. 

É por isso que criamos o movimento #EspécieEmExtinção no G4 Educação, com o objetivo de reverter a tendência de mortalidade das companhias brasileiras e impactar positivamente o cenário brasileiro de negócios para evitar uma catástrofe. 

E você também pode fazer parte dessa resistência. Para ter acesso a primeira dose desse "antídoto" contra a extinção no seu business, basta acessar a página do nosso movimento, garantir acesso gratuito e instantâneo à nossa formação online G4 Liderança na Prática e nos ajudar a espalhar esta mensagem. 

Não é só sobre salvar a nossa espécie, mas contribuir de maneira prática para que evolua de maneira sustentável e assuma o protagonismo - que merece - em nosso país. Levando você, empreendedor, de uma espécie em extinção para uma espécie em evolução.

Isso porque, se o seu negócio não puder evoluir mais rápido e na direção certa, é questão de tempo até que ele comece a “respirar através de aparelhos”. E, se por sorte, sobrar alguma coisa após o estágio terminal, os restos da sua companhia provavelmente serão adquiridos por empresas predatórias maiores por uma fração do que valem. É o que Darwin chamava de seleção natural. 

Pior do que perder a ambição que faz um empresário lutar por algo grande, é perder a humildade que o levaria a resultados ainda maiores. Pequenas rachaduras hoje, podem matar o seu negócio amanhã.

Basta uma decisão errada e o efeito colateral é incalculável - e somos nós que sentimos o peso das consequências e do futuro de centenas de famílias que dependem do nosso trabalho. Esforço por esforço é dar murro em ponta de faca. Eu já fiz muito isso e te garanto: o resultado não vem assim

Felizmente, ao contrário de quando comecei, agora é possível passar um dia com gente que constrói o Brasil e entender como aplicar as práticas e ferramentas das companhias que mais crescem no mundo, aprendendo direto da fonte no G4 Gestão e Estratégia.

Sempre me conectei com pessoas que já tinham chegado onde eu queria chegar. Brasil, África do Sul, USA e dezenas de países: não importa onde estavam os melhores, eu sempre paguei o preço para acessá-los.

Por isso, posso te garantir, por experiência própria, que vai te poupar alguns milhares de reais dividir as trincheiras com gente do bem, trabalhadora e que, assim como você, entende os desafios de se carregar o país nas costas. Lembre-se: leões andam em grupos.

Então, esteja sempre faminto e obstinado a atacar sua presa. Faça o que deve ser feito e continue na arena. Empreender não é só a melhor forma de promoção social de um país, mas a sua única mola propulsora de crescimento.