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Política
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Marxismo Cultural - a tomada do poder a partir da destruição da cultura

O Marxismo Cultural é uma vertente teórica do marxismo original. No cerne de sua tese, está a destruição da cultura ocidental. Entenda a teoria completa.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
14/10/2022 19:30
-

O marxismo cultural é uma vertente da teoria marxista que entende que a transformação da sociedade e da política é feita com base em esforços académicos e intelectuais contínuos para subverter a cultura ocidental.

A revolução tomará o poder não pelas armas, mas pela destruição de valores e crenças tradicionais que serão substituídos pelos valores revolucionários.

A modalidade marxista cultural surge a partir dos escritos de Antonio Gramsci.

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Os fundamentos teóricos do marxismo cultural

A teoria marxista é uma das ideologias mais influentes no mundo moderno. Seus preceitos se desenvolveram e inspiraram diversos governos e movimentos sociais. Os principais pontos da teoria marxista são:

  • materialismo histórico dialético;
  • luta de classes;
  • Mais-Valia;
  • ideia de alienação
  • superestrutura e infraestrutura;
  • socialismo científico.

A teoria marxista não engloba apenas a obra de Karl Marx. Diversos autores desenvolveram suas teorias e as envolveram em outros campos do conhecimento, além de teorizarem novos desdobramentos para as teses de Marx.

Um dos principais desdobramentos da teoria marxista é justamente o Marxismo Cultural, aponta o artigo The Frankfurt School, Political Correctness, and the Cultural Marxist Agenda, de William S. Lind, formado em história pela Universidade de Princeton.

Os trabalhadores ao redor do mundo não se uniram como Marx previa. Novas correntes do socialismo foram se espalhando pelo mundo, como na Rússia em que uma vanguarda formada por burgueses tomou o poder em nome do povo.

Na China, Cuba, Vietnã, e outros países viveram experiências socialistas com ideias diferentes daquelas originalmente propostas por Marx.

Apesar das diferenças, há um padrão da teoria marxista que se replica: o espírito revolucionário.

Para o professor de direito e filosofia Marcus Boeira, há um método operacional das revoluções, ele as chama de modalidades de guerra.

As modalidades de guerra

São três as modalidades de guerra que são desdobramentos da teoria revolucionária marxista:

  1. Guerra Cultural;
  2. Guerra de Informação;
  3. Guerra de Narrativas e da Desinformação.

Guerra Cultural

A revolução lenta e pacífica é feita por meio da guerra cultural. Sem que seja derramado sangue ou sem que as pessoas sequer percebam, a revolução vai tomando as instituições, símbolos da cultura e modificando ambos para consolidar seu projeto de poder. A estratégia foi desenhada por Antonio Gramsci.

Guerra de Informação

A guerra de informação é uma estratégia adotada por vários países no século XX, especialmente no contexto da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria. Ocupar espaço, controlar informações cruciais, são formas de deter vantagens objetivas contra adversários.

Guerra de narrativas e desinformação

Da Guerra Cultural para a Guerra de Informação houve um ponto de inflexão que é a Hegemonia. O ponto de inflexão da Guerra de Informação para a Guerra de Narrativa se chama Indústria da Desinformação.

Saul Alinsky é quem percebeu que melhor do que tomar a informação do adversário para ter uma vantagem competitiva, é lançar uma informação falsa sobre o adversário que o coloca em xeque perante todos os demais. Plantar uma mentira proposital para comprometer os planos de ação do adversário — para isso é usado a tática da desinformação.

O tenente-general da STB, Ion Mihai Pacepa, aponta em seu livro Desinformação, que essa estratégia foi realizada e incentivada pela KGB ao redor do mundo.

A estratégia das modalidades de guerra foi usada para propagar a teoria do Marxismo Cultural. Este movimento começa com um pensador italiano.

Antonio Gramsci

Antonio Gramsci foi um teórico do partido comunista italiano responsável por compreender que era perda de tempo fazer uma revolução armada.

Empreender uma guerra para conseguir o poder a fim de tomar o Estado para implementar o socialismo através da planificação da economia e de tudo aquilo que a teoria socialista propunha, para Gramsci, não era a melhor opção.

Ele argumentou que era mais fácil, por meio das instituições culturais, fazer as pessoas acreditarem que o sistema não vale nada e que o socialismo é a melhor opção.

Gramsci entendia que a revolução cultural era um fronte de batalha muito mais viável que o estado de armas implementado por Lênin na União Soviética.

Outros teóricos se debruçaram no problema do não engajamento dos proletários com a revolução. O filósofo húngaro Gyorgy Lukacs culpou a cultura ocidental como causa da alienação dos trabalhadores.

Para o pensador, a mistura da teologia judaico-cristã, com o direito romano e a filosofia grega era uma invenção dos burgueses para iludir os proletários.

Diante da descoberta, o filósofo exclamou: “Quem nos salvará da cultura ocidental?”

A resposta não demorou a surgir. Felix Weil, utilizou de sua fortuna familiar para fundar o que veio a se chamar “Escola de Frankfurt”: um “think tank” marxista que, abandonando as ilusões de um levante universal dos proletários, passou a dedicar-se ao único empreendimento viável que restava: destruir a cultura ocidental.

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