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História
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min de leitura

Conheça a história do Foro de São Paulo e suas principais controvérsias

Foro de São Paulo - História Completa e Face Oculta

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
2/5/2024 19:19
Imagem da Capa: Luiz Prado / Estadão Conteúdo

O Foro de São Paulo foi criado em 1990, com o objetivo de reunir partidos e grupos de esquerda para debater o cenário político após o fim da Guerra Fria

Foi idealizado inicialmente por Luís Inácio Lula da Silva, então dirigente do Partido dos Trabalhadores, junto de Fidel Castro, presidente de Cuba. 

Apesar de hoje ser de conhecimento público, a existência do Foro de São Paulo foi negada por Lula e partidários da esquerda durante anos:

“Você sabe que isso é no mínimo uma piada de mau gosto. Eu te aconselho a não repetir isso no vídeo”, afirmou Lula em entrevista ao jornalista Boris Casoy, em 2002, transmitida na TV Record durante a campanha presidencial.

Conheça agora a face oculta do Foro de São Paulo. 

O que você vai encontrar neste artigo?

Como surgiu o Foro de São Paulo

O Foro de São Paulo foi criado em 1990, idealizado por Lula e Fidel Castro. A primeira reunião da organização aconteceu em 4 de julho do mesmo ano, na cidade de São Paulo.

O primeiro encontro foi batizado com o nome de Encontro de Partidos e Organizações de Esquerda da América Latina e Caribe

O objetivo inicial do foro era aumentar a integração entre países da América Latina e do Caribe, realizando discussões sobre as diferenças entre as nações e a busca por uma coalizão entre os partidos de esquerda da região.

As principais pautas levantadas pelo grupo eram:

  • o combate às supostas políticas neoliberais lideradas pelos Estados Unidos, 
  • a mudança de regime dos países que estavam saindo da ditadura militar
  • o fortalecimento das lutas populares e ações que contribuíssem com a chegada de partidos de esquerda ao poder. 

Em carta enviada por Lula ao Foro de São Paulo em comemoração aos seus 30 anos de existência, em 2020, o presidente brasileiro explicou os motivos da criação da organização:

Numa conversa que tive com Fidel na época, coincidimos que seria importante analisar esta nova conjuntura e seus impactos para a América Latina e o Caribe e decidimos que o PT poderia convocar um encontro de partidos e de movimentos políticos de nossa região para discutir este tema e as iniciativas que deveríamos adotar. 

Porém, não imaginávamos inicialmente que esse encontro de partidos e movimentos chegasse onde chegou
”. 

Em 1991, o encontro se repetiu. Dessa vez, na Cidade do México. Ao todo, 26 reuniões gerais do Foro de São Paulo foram realizadas.

Atualmente, o Foro de São Paulo conta com 28 países e 128 partidos políticos da região da América Latina e Caribe. Entre os partidos brasileiros, estão:

  • Partido dos Trabalhadores (PT);
  • Partido Democrático Trabalhista (PDT);
  • Partido Comunista do Brasil (PCdoB);
  • Partido Comunista Brasileiro (PCB);
  • Partido Popular Socialista (PPS).

No início, a existência da organização era negada pelos seus integrantes. Em uma sabatina mediada por Boris Casoy, na TV Record, Lula negou a existência do Foro de São Paulo. Isso ocorreu em 2002. 

Essa postura foi mantida até que evidências foram levantadas de forma definitiva em 2008, indicando que de fato há uma organização com partidos de esquerda atuando na América Latina. 

A face oculta do Foro de São Paulo

Olavo de Carvalho, filósofo brasileiro, alertou a população brasileira para a existência do Foro de São Paulo:

O Brasil é cúmplice de todas as organizações do Foro de São Paulo. Ele está comprometido com isso, Lula está comprometido com isso. Assinou mil vezes promessas de solidariedade aos caras e simplesmente não pode voltar atrás”, disse no programa True Outspeak, em dezembro de 2006.

Além de Olavo, quem também trouxe à tona o questionamento sobre a existência do Foro de São Paulo foi Reinaldo Azevedo em suas colunas e entrevistas à Veja no ano de 2007. Reinaldo afirmou:

Isto não é para nós. Durante muito tempo quem falava do foro de SP, era Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo e mais dois ou três malucos. Ele existe”.

A revista Veja, em 2008, enviou um jornalista para cobrir o encontro do Foro de São Paulo, em Montevidéu, no Uruguai. Com isso, estava evidenciada a existência da organização. 

A matéria da Veja sobre o Foro de São Paulo afirmou:

Este ano, o Foro aconteceu em Montevidéu, no Uruguai, no edifício do Mercosul. À beira do rio da Prata, os participantes são representantes da velha esquerda da região. 

Entre os rostos conhecidos dos brasileiros, estavam os petistas Marco Aurélio Garcia, José Eduardo Cardozo, Raul Ponte, Valter Pomar e Mário Miranda. 

Nos discursos, todos dizem as mesmas coisas: eles odeiam os Estados Unidos, amam a ditadura cubana, e acham o neoliberalismo culpado de tudo de ruim que acontece na região
”.
  • Veja a fala dos membros do Foro de São Paulo no programa Face Oculta da Brasil Paralelo:

- Che Guevara, Paulo Freire e Oscar Niemeyer são enaltecidos por muitas instituições de ensino e canais de mídia, mas será que essas personalidades são os heróis que parecem? Analisamos a Face Oculta deles e de outras personalidades famosas - toque aqui para o primeiro episódio da 3ª temporada.

Mudança de discurso

Após a série de evidências sobre a existência do Foro de São Paulo, o Partido dos Trabalhadores mudou a sua postura sobre o tema.

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, apresentou os motivos da criação do Foro de São Paulo durante pronunciamento em TV, em 2023:

Mas antes de falar da reunião, eu quero contar um pouco da história do Foro de São Paulo. Uma organização que nasceu para lutar pela democracia, soberania e justiça social na América Latina e Caribe. 

É por isso que o Foro de São Paulo é alvo desde sempre de uma permanente campanha de mentiras e desinformação. Movidas por agentes da extrema-direita e daqueles que se beneficiam da histórica desigualdade e injustiça em nossa região
”. 
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Ditaduras presentes no Foro de São Paulo

Apesar do discurso pela justiça social e democracia, o Foro de São Paulo tem em seu quadro países reconhecidos internacionalmente como ditaduras

É o caso de Cuba, que fez parte da fundação da organização. Fidel Castro permaneceu no poder por 49 anos, liderando uma ditadura marcada por intensa repressão de opositores e minorias. 

Além de censura, presídios de trabalhos forçados para cristãos, homossexuais e outras pessoas consideradas contrárias ao comunismo, fuzilamentos sumários eram praticados contra "inimigos da revolução". 

Uma matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, em dezembro de 2016, classificou a ditadura cubana como “a mais letal das Américas

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