Estados Unidos quer o fim da guerra
Netanyahu é o primeiro líder estrangeiro a ser recebido por Donald Trump, desde o início do novo mandato. O encontro aponta para um interesse do país em que a guerra termine.
Trump não definiu um prazo para a ocupação proposta pelos EUA nem para a realocação dos moradores de Gaza, mas disse que possui um plano geral como uma recomendação bem pensada para promover a paz na região.
“Estudei isso muito de perto ao longo de muitos meses e vi isso de todos os ângulos diferentes”, disse Trump.
“Falei com outros líderes de países do Oriente Médio e eles adoraram a ideia. Eles dizem que ela realmente traz estabilidade e o que precisamos é de estabilidade.”
Hamas e Israel chegaram a um acordo de cessar-fogo
No último mês, a milícia terrorista e o Estado judeu selaram um trégua temporária. O resultado foi a devolução de 600 reféns por Israel e 18 pelo Hamas. Trump fez pressão para que o acordo fosse assinado antes que ele assumisse a presidência. Na ocasião, afirmou que se o Hamas rejeitasse o acordo, seria um pouco mais violento.
O Hamas ainda controla partes da Faixa de Gaza, apesar de seu poder ter sido bastante reduzido durante a guerra de 16 meses.
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Segunda fase do acordo irá selar o fim definitivo da guerra
O cessar-fogo já dura algumas semanas e, hoje, o Hamas disse que seus mediadores voltaram à mesa de negociações.
Nesta fase dois serão definidas a devolução dos militares presos pelo Hamas e a retirada das tropas israelense das áreas povoadas. Isso significa o fim definitivo da guerra.
Trump afirmou que gostaria que os palestinos fossem viver na Jordânia ou no Egito. No Salão Oval da Casa Branca, o presidente afirmou:
"É um local em escombros. Se pudéssemos encontrar o pedaço certo de terra, ou vários pedaços de terra, e construir alguns lugares realmente bons com bastante dinheiro na região [para os palestinos], aí sim. Acho que seria muito melhor do que voltar para Gaza".
No entanto, líderes egípcios e jordanianos já rejeitaram o pedido de Trump para acolher moradores de Gaza.
O presidente afirmou na terça-feira que acredita que Amã, na Jordânia, e Cairo, no Egito, irão concordar em fazê-lo, e que os moradores de Gaza ficariam felizes em se mudar.
Egito e Jordânia rejeitaram a ideia de receber refugiados de Gaza
Os governos do Egito e da Jordânia negaram que receberão os palestinos. Ao longo da terça-feira, Trump fez uma série de comentários crescentes sobre Gaza. Na coletiva de imprensa disse que achava que os moradores "não gostariam de voltar" depois de serem realocados.
“Eu vejo uma posição de propriedade de longo prazo”, disse Trump na coletiva de imprensa quando questionado sobre a potencial aquisição dos EUA.
“Todos com quem conversei adoram a ideia dos Estados Unidos possuírem aquele pedaço de terra, desenvolvendo e criando milhares de empregos com algo que será magnífico, em uma área realmente magnífica que ninguém conheceria.”
Steve Wittkoff, enviado do presidente dos Estados Unidos, emitiu um alerta para que os palestinos deixem Gaza. Ele destacou que há 30 mil munições não detonadas espalhadas pelo território e risco de desabamento de vários edifícios. Enfatizou ainda que não há água nem eletricidade no local, o que obriga os palestinos a terem de sair o quanto antes.
As declarações de Trump e as reações subsequentes ilustram a complexidade e sensibilidade da situação em Gaza. Enquanto alguns veem nas sugestões do ex-presidente uma potencial solução para o conflito de longa data, outros, incluindo líderes regionais e a comunidade internacional, expressam profundas preocupações sobre as implicações éticas e práticas de tais medidas.