Uma das ideias propostas por Musk e sua equipe foi o envio de um e-mail aos funcionários federais com uma pergunta direta: "O que você fez na última semana?".
Segundo fontes da Casa Branca, essa estratégia é inspirada em métodos que Musk já aplicou em suas empresas privadas, como Tesla e SpaceX, para avaliar a produtividade de suas equipes.
A ideia é simples, mas causou controvérsia. O e-mail solicita que os funcionários listem cinco exemplos de tarefas concluídas na semana anterior, excluindo informações classificadas, e incluam seus supervisores na resposta.
Musk afirmou que a falta de resposta seria interpretada como uma renúncia, elevando a pressão sobre os trabalhadores do governo. A Casa Branca destacou que isso reflete a visão de Trump de "salvar o país" ao eliminar desperdícios e aumentar a eficiência, alinhando-se ao lema "Make America Great Again".Por outro lado, críticos apontam falhas no plano.
Sindicatos e alguns gestores de agências federais argumentam que a medida é intimidatória e ignora a complexidade do trabalho governamental, que nem sempre pode ser reduzido a listas simplistas. Um advogado do Departamento de Justiça, falando sob anonimato, relatou à imprensa que funcionários temem monitoramento excessivo e demissões arbitrárias. Além disso, juízes federais já bloquearam algumas ações do DOGE, como o acesso a sistemas sensíveis do Tesouro, questionando sua legalidade.
Musk defendeu a iniciativa como "senso comum". Em uma aparição no Salão Oval, ele afirmou que o objetivo é responsabilizar a burocracia "não eleita" e garantir transparência, embora o site do DOGE e suas postagens no X ainda careçam de detalhes sobre os cortes realizados.
Trump, por sua vez, elogiou o trabalho de Musk, mas insistiu que ele "pode ir além", conforme declarou em postagem no Truth Social em 22 de fevereiro de 2025.
Enquanto o DOGE já estima economias de cerca de $55 bilhões até 17 de fevereiro de 2025, segundo seu site, a abordagem agressiva enfrenta resistência. Agências como o Departamento de Justiça orientaram seus funcionários a ignorar o e-mail, e processos judiciais continuam a desafiar as ações do grupo.
O embate expõe a tensão entre a busca por eficiência e a preservação das funções essenciais do governo.