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Trump acusa Brics de minar os EUA, e Lula reage
Porta-voz da Casa Branca disse que o presidente não vê os países do bloco se fortalecendo, mas agindo contra os interesses americanos
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Donald Trump acredita que o Brics, grupo formado por economias emergentes como Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros, está se tornando uma ameaça aos interesses dos Estados Unidos.
Para ele, os países do bloco querem “minar” a liderança americana no mundo.
“O presidente considera, em geral, que o BRICS busca minar os interesses dos EUA. É sua máxima responsabilidade colocar os interesses americanos em primeiro lugar”.
O recado foi dado por sua porta-voz, Karoline Leavitt, nesta segunda-feira (7), um dia após Trump ameaçar aplicar uma tarifa extra de 10% aos países alinhados às “políticas antiamericanas” do Brics.
Leavitt afirmou que Trump acompanha de perto a cúpula do Brics, que acontece no Rio de Janeiro, e prometeu adotar “todas as medidas necessárias” para proteger os interesses comerciais dos EUA.
“Ele não vê esses países se fortalecendo. Ele simplesmente os vê como tentativas de minar os interesses dos Estados Unidos”.
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Lula reage
Durante o encerramento da cúpula no Rio, o presidente Lula rebateu as ameaças do presidente americano.
Disse que os membros do Brics são países soberanos e não aceitam ser tratados como súditos:
“Acho errado e irresponsável que um presidente de um país ameace os outros nas redes digitais. Existem outros fóruns em que um presidente de um país do tamanho dos Estados Unidos pode falar com os outros”.
O que Trump chama de “políticas antiamericanas”
Na cúpula do Brics, os países do bloco defenderam medidas que, segundo Trump, ameaçam a influência dos EUA. Entre elas:
- Criação de uma moeda própria para transações entre os membros, reduzindo a dependência do dólar;
- Críticas aos ataques dos EUA contra o Irã e a Rússia, mesmo sem citar o país diretamente;
- Propostas de reforma da ONU e do Conselho de Segurança, onde os EUA têm poder de veto;
- Apoio ao direito de cada país regular as Big Techs, o que contraria interesses de empresas americanas.
Para Trump, essas medidas representam uma ameaça direta à influência dos Estados Unidos no mundo.
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