Helicópteros sobrevoando vilarejos destruídos no leste do Afeganistão em busca de sobreviventes. Entre os escombros, famílias tentam encontrar parentes desaparecidos.
Foi nesse cenário que o Ministério do Interior do Afesganistão, controlado pelo Talibã, confirmou nesta segunda-feira (1º) a morte de pelo menos 812 pessoas. Outras 2.800 ficaram feridas após um terremoto de magnitude 6 atingir as províncias de Kunar e Nangarhar.
Segundo as autoridades locais, o tremor ocorreu à meia-noite e foi seguido por outros cinco abalos. Em Kunar, três vilarejos foram arrasados, com registros de deslizamentos e inundações. Muitas construções eram feitas de barro e não resistiram ao impacto.
A dificuldade de acesso às regiões montanhosas e a ausência de comunicação por telefone dificultam o trabalho de resgate. Militares afegãos enviaram cerca de 1.400 agentes para atuar nas buscas e prestar socorro às vítimas.
O Ministério da Defesa informou que 40 voos já transportaram mais de 420 feridos e corpos para hospitais e centros de apoio.
Imagens mostram moradores ajudando soldados e médicos a retirar pessoas feridas dos escombros e levá-las em macas para ambulâncias.
“Todas as nossas equipes foram mobilizadas para acelerar a assistência, para que um apoio abrangente e total possa ser fornecido”, disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Abdul Maten Qanee.
Pessoas carregam uma vítima do terremoto em uma maca. Imagem: Reuters.
O país ainda não recebeu ajuda internacional, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
“Precisamos disso porque aqui muitas pessoas perderam suas vidas e casas”, afirmou Sharafat Zaman, porta-voz da pasta.
O abalo desta semana é o mais mortal desde junho de 2022, quando um terremoto de magnitude 6,1 deixou pelo menos mil mortos. Em 2024, outra série de tremores no oeste do país matou mais de 1.000 pessoas.
O Afeganistão, situado sobre a cordilheira do Hindu Kush, é uma das regiões mais sujeitas a terremotos e deslizamentos no mundo.
Desde a tomada de poder pelo Talibã em 2021, o país enfrenta redução no envio de ajuda internacional e uma crise humanitária prolongada.
Agora, diante de mais uma catástrofe natural, a população sofre com a destruição de casas, a falta de infraestrutura e a incerteza sobre a recuperação.
Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.
Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos.
Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP