Tarcísio confirma que será candidato à reeleição em São Paulo: “Presidência é destino”

Tarcísio deve dizer a Bolsonaro que não será candidato à Presidência

A visita ao ex-presidente está marcada para a próxima segunda-feira (29), em Brasília. A autorização foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes após pedido feito pelo governador em 16 de setembro.

De acordo com o Poder360, Tarcísio aproveitará a conversa para afirmar que não pretende disputar a Presidência em 2026.

Caso seja questionado, deve sugerir o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), como nome mais adequado para representar a direita na corrida presidencial.

Em conversas recentes com aliados, explicou que não deseja a presidência.

“Eu nem sonhava em ser político. O presidente Bolsonaro é quem decidiu que eu deveria concorrer e felizmente tivemos sucesso na eleição pelo governo de São Paulo. Sou muito grato a ele, que considero o maior líder político do Brasil. Não tenho ambições. Ser presidente não é desejo. Presidência é destino”, disse.

O governador acrescentou que considera mais importante concluir seu mandato e, se reeleito, entregar um ciclo de oito anos no estado.

“Esse é, creio eu, o caminho mais apropriado e deixar um legado importante para os paulistas depois de oito anos no Palácio dos Bandeirantes.”

Antes de concorrer ao governo paulista em 2022, Tarcísio nunca havia disputado uma eleição.

Engenheiro de formação, costuma dizer que entrar em uma corrida presidencial agora seria como “bater no muro”.

Mesmo sem assumir ambições presidenciais, Tarcísio aparece como o único nome capaz de superar Lula em simulação de segundo turno, segundo pesquisa Atlas-Intel/Bloomberg divulgada em 28 de agosto.

O levantamento aponta o governador com 48,4% das intenções de voto contra 46,6% do atual presidente. Já Jair Bolsonaro surgiu em empate técnico com Lula.

A visita de Tarcísio a Bolsonaro acontece nesse cenário: enquanto o ex-presidente cumpre prisão domiciliar após condenação por tentativa de golpe. Ao mesmo tempo, o governador de São Paulo desponta nas pesquisas como alternativa viável da direita em 2026, o que aumenta o peso político do encontro.