A Starlink é essencial para operações das Forças Armadas do Brasil, da Petrobrás, da Marinha, do Exército e do Ministério da Saúde. A Empresa é líder do mercado de internet via satélite de alta velocidade. 

Dentre os prejuízos estão: 

• problema de operação bases petrolíferas e de gás de região de Urucu, interior do Amazonas;
• problemas de operação em plataformas de petróleo na Bacia de Campos, Rio de Janeiro;
• risco para a segurança de dados do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), que administra a presença do Brasil no continente gelado desde 1982;

Por que as estatais dependem tanto da Starlink?

A empresa de Elon Musk é a mais competitiva no quesito custo-benefício. Os serviços têm qualidade semelhante à fibra óptica, algo raro na internet via satélite. 

• A fibra óptica utiliza filamentos de vidro ou plástico para transmitir dados, sendo conhecida pela estabilidade da conexão.

Para isso ela usa uma rede de satélites de órbita baixa, o que melhora a estabilidade da conexão. Na falta dela, as opções seriam tecnologias mais antigas. Isso afetaria não só a agilidade dos trabalhos, mas a despesa com internet. 

• As tecnologias alternativas à da Starlink são mais caras;

O agro também seria impactado

O agronegócio também depende dessa tecnologia. Fazendas de algodão e soja utilizam a internet via satélite para otimizar a produção. 

O CEO da SLC Agrícola relatou à Forbes Brasil que a operação de maquinário é feita através da rede. 

“Nas áreas remotas é a melhor solução”, diz Aurélio Pavinatto. 

Caso o serviço deixe de existir, a expansão desse mercado poderia ficar comprometida. 

Quanto a empresa atua no Brasil?

Por causa da sua eficiência e baixo custo, a Starlink passou de 4,7% para 45,9% do mercado de internet via satélite em menos de 2 anos. 

Ela está presente principalmente em áreas onde a fibra óptica não consegue chegar, devido à falta de estrutura. 

Quais problemas poderiam ser causados pelo fim da operação no Brasil?

A possibilidade começou a ser especulada depois que a Starlink não cumpriu a ordem.

Através de sua conta na mesma plataforma, a companhia anunciou que cumpriria a decisão, conforme confirmado pela em 3 de setembro. A informação foi confirmada pela jornalista Sarah Perez através de correspondentes no exterior.

O texto dizia: 

"Independentemente do tratamento ilegal da Starlink no congelamento de nossos ativos, estamos cumprindo a ordem de bloquear o X no Brasil. Continuamos buscando todas as vias legais, assim como outros que concordam que as ordens de Alexandre de Moraes violam a Constituição brasileira."

Bens bloqueados

Os bens da Starlink foram congelados devido à falta de indicação de um representante do X, no Brasil. A empresa também é de Elon Musk, o que segundo o STF justificava a decisão.   

Os valores retidos seriam para pagar a multa de R$18,3 milhões imposta por Alexandre de Moraes. Contudo, o portal UOL apurou que o dinheiro não paga nem metade desse valor.