Lavrov classificou a fala como uma ameaça clara contra seu país, elevando as tensões entre Moscou e Paris.
Durante uma coletiva de imprensa, o ministro russo foi além, comparando Macron a figuras históricas como Adolf Hitler e Napoleão Bonaparte.
Segundo Lavrov, esses líderes "pelo menos falavam abertamente que queriam derrotar a Rússia", enquanto Macron, em sua visão, age de forma menos direta. A crítica reflete a visão russa de que o Ocidente busca escalar o confronto, especialmente no contexto da guerra na Ucrânia:
"Se ele nos considera uma ameaça e fala em usar armas nucleares contra a Rússia, isso é, claro, uma ameaça. Diferente de Napoleão e Hitler, que foram francos em querer lutar contra nós, Macron não age com tanta clareza."
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Líderes auropeus apoiam reação de Macron
Por outro lado, líderes de países como Polônia e nações bálticas receberam bem a proposta de Macron. Para esse grupo de chefes de Estado, a resposta é necessária ao que chamam de "ameaças russas crescentes".
A iniciativa surge em um momento de incerteza sobre o apoio militar dos Estados Unidos à Europa, com o presidente Donald Trump sinalizando uma possível redução no envolvimento americano na OTAN.
Críticos alertam que a retórica nuclear pode agravar um cenário já volátil, arriscando uma escalada imprevisível com Moscou.
Contexto da declaração
A fala de Macron ocorre em meio a debates na União Europeia sobre defesa, com a Comissão Europeia propondo um aumento de bilhões no orçamento militar do bloco. Para Lavrov, tais ações confirmam uma postura hostil do Ocidente, que usa a Ucrânia como pretexto para conter a Rússia.
Moscou insiste que sua operação militar no país vizinho visa apenas eliminar influências ocidentais, rejeitando acusações de ambições expansionistas.