Especial de Natal 2025
LIBERE O BÔNUS ESPECIAL
00
D
00
H
00
M
00
S
December 15, 2025
GARANTIR OFERTA
This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Política
3
min de leitura

Reforma tributária é aprovada sem imposto nas carnes

O relator incluiu no parecer a isenção tributária para proteína animal, cedendo à pressão da oposição e da Frente Parlamentar da Agropecurária

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
11/7/2024 15:09
Freepik

O cenário político da aprovação da reforma tributária foi repleto de tensões e pressão. No fim, o governo federal atendeu às reivindicações da oposição e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e decidiu retirar a tributação da carne da proposta legislativa. 

  • Overton: informação imparcial e análise profunda, direto no seu e-mail. Assine agora!

  • Overton: informação imparcial e análise profunda, direto no seu e-mail. Assine agora!

As carnes não serão taxadasA reforma não incluiu o acréscimo de taxa sobre as carnes. O anúncio foi realizado no Plenário da Câmara na noite desta quarta-feira (10 jul. 24) pelo relator da reforma, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). O parecer foi aprovado por 336 votos favoráveis e 142 votos contrários, após uma votação acirrada na Câmara dos Deputados. 

A decisão de retirar a tributação da carne marca um ponto crucial nas discussões sobre a reforma tributária, que vem sendo tratado como prioridade pela equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Lira era favorável à taxação da carne; Frente agropecuária se posicionou contra

O impasse era tão grande que houve a alteração do relatório após o processo de votação ter sido iniciado. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pediu que os líderes partidários orientassem o posicionamento de suas respectivas bancadas às 19h05. No entanto, o relator só subiu o parecer que foi votado às 19h39. A votação foi encerrada às 19h54.

O Congresso Nacional tem se empenhado em regular os impostos sobre o consumo, desde a promulgação da Emenda Constitucional (EC 132/2023) da reforma tributária no final do ano passado.

O texto aprovado nesta noite trata da construção da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), além do Imposto Seletivo (IS), que substituirão os tributos federais PIS, Cofins e IPI, bem como os subnacionais ICMS e ISS.

A exclusão da carne da lista de produtos tributáveis foi um ponto de intenso debate. Durante as negociações, deputados como Augusto Coutinho (Republicanos-PE) enfatizaram que a inclusão da carne na reforma teria um impacto significativo sobre a atual taxa padrão. A estimativa era de um aumento da taxa para 27,1% do custo relativo a impostos. 

Na manhã de terça-feira (9 Jul. 24), o deputado Pedro Lupion (PP-PR), líder da Frente Agropecuária, vinha em negociações para frear os impostos nas carnes. O paranaense chegou a cancelar o tradicional almoço de terça-feira, em que no qual a bancada do agro se reúne para alinhar estratégias, para intensificar as articulações para que o pleito fosse atendido.

“Apresentamos projeto, o governo retirou do texto, insistimos, brigamos e o relator acatou. Vitória das famílias brasileiras. Carne mais barata para fazer a economia girar, e o cidadão pagar menos por alimento de qualidade”, comemorou Lupion.

Antes do anúncio do relator, o Partido Liberal (PL) já havia apresentado um destaque para isentar as proteínas animais, queijo e sal de tributação. A medida não agradou Arthur Lira, quechegou a afirmar a interlocutores que a isenção se tratava de uma “insanidade”.

O alagoano se reuniu até com Jair Bolsonaro, presidente de honra da legenda, para tentar demover a sigla dessa ideia, mas não obteve sucesso. Quando há apresentação de um destaque, parlamentares votam alterações específicas no texto-base já aprovado.

O projeto de lei complementar é tratado como estratégico tanto pelo governo federal quanto por Lira, que vê na reforma tributária um dos principais legados de sua gestão. O debate vinha se arrastando por mais de três décadas sem avanços significativos, mas ganhou um novo impulso com a formação de um Grupo de Trabalho (GT), para a construção de um texto de consenso.

Composto por sete deputados de diferentes partidos, este grupo teve a missão de elaborar uma proposta que atendesse às expectativas de diversas lideranças partidárias e setores da sociedade. A escolha de Reginaldo Lopes (PT/MG) como relator apenas no momento em que a matéria foi ao plenário garantiu ajustes finais que blindaram a proposta das pressões setoriais, mantendo a espinha dorsal do projeto encaminhado pelo Ministério da Fazenda.

O texto aprovado aborda não apenas a criação de novos impostos, mas também:

  • Regimes específicos de tributação, ou seja, diferentes cobranças de impostos para empresas de setores diversos.
  • Regras para alíquotas, que definem as taxas a serem aplicadas a cada tipo de empresa.
  • Normas de incidência: que significa as determinações sobre quando uma empresa será obrigada a pagar impostos e quais.
  • Sistema de créditos e devolução de tributos recolhidos, o modo como funcionará a devolução de impostos pagos ou o crédito em caso de pagamento extra, irregular ou cashback.
  • Aplicação do princípio da não cumulatividade, que implementa a cobrança de imposto apenas sobre o valor adicionado em cada etapa da produção e venda de um produto. Isso pode possibilitar a abertura de crédito por impostos e evitar  a cobrança múltipla sobre o mesmo valor ao longo da cadeia produtiva.

A proposta também inclui setores favorecidos por alíquotas reduzidas, sob os quais a cobrança de impostos será menor. Também cria a Cesta Básica Nacional e novos incentivos à Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio.

A decisão de retirar a tributação da carne representa uma vitória significativa para a FPA (“bancada agro”) e para os setores que se mobilizaram contra a medida. 

Os próximos passos?

A aprovação do projeto na Câmara é apenas o primeiro passo em um processo que ainda requer a aprovação no Senado e a implementação de uma série de medidas para garantir a transição para o novo sistema tributário.

 

 

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais