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Atualidades
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Receita Federal: o que faz e por que foi decisiva em operação contra o PCC

Entenda a função do órgão e como sua fiscalização financeira ajudou a expor um esquema bilionário no setor de combustíveis.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
28/8/2025 17:39
Gov.com

A Receita Federal do Brasil (RFB) é o órgão do governo responsável por arrecadar e fiscalizar os impostos federais, além de controlar as operações de comércio exterior.

Também tem a função de acompanhar movimentações financeiras suspeitas, ajudando a identificar possíveis casos de fraude, sonegação ou lavagem de dinheiro.. 

Hoje, o órgão foi citado em reportagens por seu papel em uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre o PCC.

Com acesso a dados fiscais e bancários, a Receita Federal ajuda a rastrear operações incompatíveis com a renda declarada, identificar empresas de fachada e monitorar movimentações atípicas.

Para detectar irregularidades nas transações bancárias dos investigados, a PF contou com a parceria da Receita Federal.

Essas informações são fundamentais para comprovar como a facção utilizava negócios formais e pessoas interpostas para disfarçar a origem ilícita dos recursos.

Na manhã de hoje, Polícia Federal realizou a Operação Carbono Oculto, considerada a maior ofensiva já realizada contra a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) na economia formal.

Nesta quinta-feira (28) foram cumpridos 200 mandados de busca e apreensão em mais de 300 endereços, espalhados por oito estados. Ao todo, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$1 bilhão em bens de pessoas ligadas ao PCC.

De acordo com a Receita Federal e o Ministério Público, a facção controlava 40 fundos multimercado e imobiliários, com patrimônio estimado em R$30 bilhões. Muitos desses fundos tinham só um cotista, o que tornava a fiscalização mais difícil.

Com o dinheiro, foram adquiridos um terminal portuário, quatro usinas de álcool (com mais duas em negociação), 1.600 caminhões de transporte e mais de 100 imóveis.

O levantamento apontou ainda seis fazendas no interior de São Paulo, avaliadas em R$31 milhões, e uma residência de luxo em Trancoso (BA), avaliada em R$13 milhões.

Apenas o BK Bank, uma das fintechs ligadas ao esquema, movimentou R$17,7 bilhões. Somados todos os recursos, o PCC teria feito circular R$46 bilhões em operações financeiras não rastreáveis entre 2020 e 2024.

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O que é a Receita Federal

Subordinada ao Ministério da Fazenda, a instituição garante que o sistema tributário funcione e combate crimes ligados à arrecadação, como sonegação e contrabando.

Com sede em Brasília e escritórios espalhados por todo o país,atende a população em serviços como emissão e regularização do CPF, além de controlar alfândegas e fronteiras.

Funções principais da Receita Federal

  • Arrecadar e fiscalizar os impostos federais;
  • Controlar a importação e exportação de bens e serviços;
  • Combater contrabando e descaminho (quando mercadorias entram sem pagar tributos);
  • Atuar em cooperação internacional em acordos tributários e aduaneiros;
  • Implementar e fiscalizar as leis tributárias;
  • Apoiar a formulação do orçamento da União;
  • Promover educação fiscal para conscientizar os cidadãos.

Também tem a função de monitorar operações financeiras suspeitas tendo um papel crucial em investigações sobre lavagem de dinheiro.

  • Lavagem de dinheiro é o processo de esconder a origem criminosa de recursos, inserindo-os na economia formal por meio de empresas de fachada, investimentos e movimentações financeiras complexas. O objetivo é fazer com que o dinheiro pareça legítimo e livre de qualquer vínculo com o crime.

A Operação Carbono Oculto

Na operação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), a Receita teve um papel central porque o esquema dependia de fraudes fiscais e movimentações financeiras irregulares.

Foram identificados:

  • 40 fundos de investimento avaliados em R$ 30 bilhões;
  • R$ 46 bilhões movimentados por fintechs que funcionavam como bancos paralelos da facção;
  • Mais de 10 mil depósitos em espécie, que somaram R$ 61 milhões em apenas dois anos;
  • Créditos tributários de R$8,67 bilhões já constituídos.

Além disso, a Receita aplicou R$891 milhões em autuações a postos de combustíveis envolvidos. Sem esse rastreamento de impostos e fluxos financeiros, seria impossível expor a engrenagem de lavagem de dinheiro da facção.

No caso do PCC, os investigadores afirmam que a facção usava empresas do setor de combustíveis e estruturas financeiras para lavar bilhões de reais.

A ideia do grupo é transformar o lucro obtido com atividades ilícitas em patrimônio aparentemente legal, como usinas, fazendas e imóveis de luxo.

A operação envolvia fraudes fiscais e movimentações financeiras em larga escala. Por isso contou com a participação da Receita Federal, além da Polícia Federal, Ministério Público entre outros órgãos públicos.

A ação expôs como o PCC se infiltrou em setores estratégicos da economia e reforçou a necessidade de ação conjunta do Estado contra o crime organizado.

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