O Supremo Tribunal Federal (STF) pode estar enfrentando um momento de crise. No epicentro desse turbilhão está o ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte. Aos 67 anos, ele avalia deixar o STF após o término de seu mandato, em setembro de 2025.
A informação foi revelada pelo site Poder360 e ocorre em meio a um cenário de divisões internas, pressões políticas intensas e a sombra de sanções.
Paralelamente, o ministro Alexandre de Moraes é questionado por parlamentares devido à sua condução dos inquéritos sobre a tentativa de golpe.
No Congresso, há articulações por anistia aos réus do 8 de janeiro e um pedido de impeachment do ministro, que já conta com apoio declarado de 41 senadores.
Luís Roberto Barroso pode deixar o STF antes da aposentadoria obrigatória aos 75 anos. Segundo o Poder360, ele estaria sendo cotado para um cargo diplomático, possivelmente a embaixada do Brasil em Portugal.
Caso se confirme, a saída abriria espaço para uma nova indicação do presidente Lula, que já nomeou Cristiano Zanin e Flávio Dino neste mandato.
O Planalto, embora trate o assunto com discrição, vê na possível saída de Barroso uma chance de consolidar uma maioria alinhada no STF.
Barroso, no entanto, nega publicamente qualquer intenção de deixar o Supremo antes do prazo legal.
No entanto, o desgaste interno e fatores externos pesam na balança. Após o término de sua presidência, Barroso retornaria à 2ª Turma do STF, composta por Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Nunes Marques e André Mendonça — um grupo com o qual ele tem pouca afinidade. Edson Fachin, outro integrante da turma, assumirá a presidência da Corte, deixando Barroso potencialmente isolado.
Circula, sem confirmação oficial, a informação de que o visto de Barroso para os EUA foi cancelado. Ele tem imóvel em Miami e frequenta temporadas acadêmicas em Harvard. Caso a restrição se confirme, sua mobilidade internacional ficará comprometida — fator que pode influenciar uma eventual saída do STF.
O Supremo Tribunal Federal vive um momento delicado. Fontes do Poder 360 indicam que a Corte está dividida. Após a aplicação da Lei Magnitsky sobre o ministro Moraes, mais da metade dos ministros do STF se recusaram a assinar uma carta de defesa ao ministro, no dia 30 de julho. Segundo o site, uma comprovação disso é que seis dos 11 magistrados não compareceram ao jantar promovido pelo presidente Lula no dia 31 de julho. No evento, a intenção era de que a Suprema Corte demonstrasse unidade. Compareceram:
Dos 11 ministros do STF, 6 compareceram:
Faltaram:
Moraes foi alvo da Lei Magnitsky no último dia 30 de julho. A legislação impede sua entrada nos Estados Unidos e o proíbe de realizar transações financeiras com instituições americanas. A adoção da medida tem causado preocupação entre outros ministros, sendo inclusive chamada nos bastidores de “morte financeira”, devido ao impacto significativo que pode ter sobre a vida pessoal e profissional dos magistrados, caso venha a ser aplicada a outros.
Diante disso, o ministro Luís Roberto Barroso tem demonstrado desconforto com a exposição crescente no STF, especialmente diante do protagonismo de Alexandre de Moraes.
Nos bastidores, ao menos cinco ministros estão incomodados com a condução dos inquéritos por Moraes, temendo que suas decisões — como a prisão de Bolsonaro — estejam expondo a Corte a riscos desnecessários. Apesar disso, não há críticas públicas e ministros como Barroso e Gilmar Mendes ainda apoiam publicamente sua atuação.
Em discurso recente, Barroso defendeu o STF, afirmando que a atuação da Corte foi decisiva para conter uma crise democrática. Ele reforçou o compromisso com o devido processo legal.
A crise também chegou ao Legislativo. No dia 5 de agosto, um grupo de parlamentares ocuparam as presidências da Câmara e do Senado em protesto contra Moraes. Eles exigem anistia ampla para os réus de 8 de janeiro e pressionam pelo impeachment do ministro, com apoio declarado de 41 senadores — faltando apenas três votos para atingir a maioria simples necessária para abrir o processo. Ainda assim, os 54 votos exigidos para a cassação seguem distantes.
A suspensão da rede social X (antigo Twitter) no Brasil, ordenada por Moraes, e as sanções internacionais reforçam o discurso da oposição, que o acusa de censura e abuso de poder.
Caso Barroso deixe o STF, o presidente Lula poderá indicar mais um ministro, o que pode alterar o equilíbrio interno da Corte. Os principais nomes cogitados são:
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