O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) liberou a nova edição do Atlas da Violência. O estudo traz como ano limite 2022, mas disponibiliza informações de anos anteriores para fins de comparação. 

Os dados também disponibilizam uma perspectiva geográfica do problema, com mapas interativos e gráficos apresentando os índices de violência por estado da federação.

O total de homicídios registrados pelo gráfico no ano de 2022 foi de 46.409 pessoas. Homicídio é o termo jurídico para se tratar de assassinatos.

A região com o maior número de mortes violentas no país foi o Nordeste, que registrou o total de 20.129 pessoas assassinadas.

Seguindo a tendência da região, o estado com a maior taxa de homicídio foi a Bahia, onde foram registradas 6.776 mortes em um ano. 

O número é quase o dobro do registrado na região Sudeste, 10.820, que tem a segunda maior quantidade de vítimas.

A quantidade de jovens assassinados no país é outro dado que chama a atenção. O estudo considerou como jovens pessoas cujas idades variavam entre 15 e 29 anos.

Ao longo de 2022, foram assassinados 22.864 jovens em todo o país, o que representa 49,2% das vítimas totais de homicídio no país. 

A pesquisa também traz o recorte racial das pessoas atingidas pela insegurança pública no país.

Os homens negros representam a grande maioria dos mortos, um total de 70,96% das vítimas. 

Segundo o estudo , houve o assassinato de 32.993 homens negros no ano de 2022, ao passo que o número entre outros grupos étnicos atingiu 8.976 pessoas.

As estatísticas também apontam que os assassinatos entre homens tiveram proporções muito mais elevadas do que com vítimas mulheres. Em 2022, o total de mulheres assassinadas em todo o território nacional foi de 3.806 vítimas.

Em termos de suicídios, os homens também representam o maior número de vítimas, sendo 12.908 das mortes nessas condições, ao passo que o total de mortes autoinfligidas em mulheres foi de 3.553 casos.

O Ipea também menciona as mortes no trânsito, que somadas juntaram 34.892 vítimas no ano.

Os dados apresentados pelo Atlas da Violência evidenciam a gravidade da tragédia do Brasil, com altos índices de homicídios, suicídios e mortes no trânsito.