A disputa eleitoral na Venezuela, realizada no domingo, 28 de julho, gerou controvérsias que parecem longe de terminar. Protestos organizados na região de Caracas revelam a insatisfação popular com o resultado das eleições de domingo, que elegeu Nicolás Maduro presidente do país por mais seis anos. Os manifestantes alegam que o resultado foi manipulado e que, na verdade, o vencedor seria o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia.
Os participantes se encontraram na rua Francisco de Miranda e caminharam até a praça Altamira, onde se reuniram em protesto contra os resultados. Durante as manifestações, uma estátua do ex-presidente Hugo Chávez, símbolo das ditaduras que governaram o país nos últimos 25 anos, foi quebrada.
Estátua do presidente Hugo Chávez, quebrada durante protesto em Caracas, ontem, segunda-feira, 29 de julho. Imagem: reprodução Instagram.
Protestos na Venezuela. Reprodução redes sociais/Terra Brasil Notícias
Além disso, um panelaço de cerca de 20 minutos foi organizado contra a vitória do ditador.
Nicolás Maduro, representante do chavismo no país, no domingo, foi declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, presidido por um aliado do presidente. Segundo a instituição, Maduro obteve 51,2% dos votos contra 44% de Edmundo González Urritia. Se o resultado for mantido, Maduro permanecerá na liderança da nação por mais seis anos.
Desde a divulgação do resultado, há suspeitas de fraudes. A oposição acusa o presidente de ter atrasado as apurações para manipular informações e denuncia que o Conselho não disponibilizou as atas de todos os centros de votação.
O governo, por sua vez, afirma que o sistema eleitoral foi vítima de um ataque hacker, supostamente organizado pelas principais lideranças da oposição, incluindo Edmundo González, o candidato à presidência, e María Corina Machado, que foi impedida de concorrer pela mudança de regras imposta pela ditadura de Maduro.
Vários países da comunidade internacional não reconhecem a vitória de Maduro. Ontem, o governo venezuelano anunciou o rompimento de relações diplomáticas com sete nações latino-americanos que questionaram o resultado das eleições:
O governo enfatiza que a reação desses países seria um ataque à soberania nacional da Venezuela.
Um grupo de nove países solicitou uma reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) para tratar do tema. Os representantes das nações se posicionam em busca de uma solução para a crise política na Venezuela.
Nesta terça-feira, a OEA acusou as eleições venezuelanas de sofrerem manipulação grave.
O gabinete do secretário-geral da Organização, Luís Almagro, emitiu nota em que afirmou que:
“Ao longo de todo este processo eleitoral vimos a aplicação pelo regime venezuelano do seu esquema repressivo complementado por ações destinadas a distorcer completamente o resultado eleitoral, colocando esse resultado à disposição da manipulação mais aberrante”.
A instituição enfatizou ainda que os resultados eleitorais não podem ser reconhecidos.
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