Como foi o assédio?
O episódio ocorreu quando Sheinbaum caminhava do Palácio Nacional até a Secretaria de Educação Pública. O homem, identificado como Uriel Rivera, a abraçou, tentou beijá-la e tocá-la em regiões íntimas.
A intervenção da equipe ocorreu com atraso de alguns segundos, e o indivíduo ainda tentou se aproximar novamente. Em vídeos, ele aparenta estar alterado e chega a dizer “Claudia de América”.
A detenção não ocorreu na hora. Mais tarde, agentes da Secretaria de Segurança e Proteção Cidadã (SSPC) e da Secretaria de Segurança Cidadã da CDMX o prenderam na região central. Ele foi encaminhado à Promotoria de delitos sexuais para definição da tipificação penal.
Pelas legislações aplicáveis, casos de assédio/abuso sexual podem render de 1 a 10 anos de prisão, a depender da classificação (assédio, abuso agravado) e de agravantes como uso de violência.
Quais foram as reações do governo?
A Secretaria das Mulheres, chefiada por Citlali Hernández, repudiou o ataque e apontou a “cultura machista” que normaliza invasões ao espaço pessoal das mulheres.
Sheinbaum confirmou ter registrado denúncia na Promotoria da Cidade do México. Ela afirmou que o agressor voltou a importunar outras mulheres na mesma rua e reforçou que “ninguém tem direito de violar o espaço pessoal” de qualquer mulher.
A presidente anunciou duas frentes de ação:
- Revisão legal para verificar a criminalização do assédio em todos os estados e propor ajustes quando necessário;
- Campanha nacional de conscientização sobre assédio nas ruas, voltada a toda a sociedade e com foco na educação de homens e meninos.
Lideranças de Morena também condenaram o ato. O deputado Ricardo Monreal defendeu reforço de precauções, alertando que “basta um desequilibrado para gerar risco”.
Quem são os guardas da presidente?
A equipe de Sheinbaum tem 13 integrantes (6 mulheres e 7 homens) e é liderada por Juan José Ramírez Mendoza. A equipe é chamada “Ayudantía”, formada só por civis.
Entre as atribuições, estão: apoio imediato às agendas pública e privada da presidente, preparação de cenários de eventos e definição de ações de integridade e logística.
O Estado Maior Presidencial foi substituído pela Ayundantía sob ordem do ex-presidente Andrés Manuel Lopez Obrador, do mesmo partido da Sheinbaum.
Apesar do incidente, Sheinbaum disse não pretender reforçar o esquema: seguirá caminhando perto das pessoas, salvo se houver alerta específico do Gabinete de Segurança.
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