“É um período das sombras, essa é a interpretação dos modernos. Só que essa visão ela perdeu de vista muita coisa, muita grandiosidade da arte medieval, como o Gótico. Quando você vê as catedrais góticas da Idade Média, aquilo é uma maravilha!”

Para o professor de história Rafael Nogueira, o período medieval entregou grandes inventos e uma cultura profícua.
Apesar de todos os avanços tecnológicos e filosóficos, o período ficou marcado pela concepção de trevas e atraso que foi cunhada na modernidade.
“A arte e a concepção de beleza da Idade Média, muitos desenvolvimentos em ciência, em lógica, muita coisa aconteceu nesse período.
Os óculos como o que estou usando, por exemplo, foram inventados na Idade Média”.
O que explica a percepção de trevas medievais criada na modernidade?
“Os modernos tinham uma visão preconceituosa do período. Quando você interpreta o seu tempo como o centro de todos os tempos, cria-se a percepção de que tudo de importante está acontecendo naquele momento. O cidadão moderno tinha essa visão”.
“Idade das Trevas” foi o termo adotado pelos humanistas do século XVII, aonde generalizaram toda a civilização da Europa do século IV ao século XV como um tempo de ruína e flagelo.
Seguido ao período tido como medievo, um tempo que está entre a glória da antiguidade e o apogeu da modernidade, surge o Iluminismo.
Os pensadores dessa corrente consideravam-se iluminados por colocar a razão acima de tudo. Enquanto o homem medieval, entendia a fé como parte do pensamento racional, isto os fazia viver sob as trevas, para os iluministas.
Para o professor Rafael Nogueira, esse pensamento gerou as revoluções da modernidade:
“Depois você tinha o período iluminista, em que a razão era colocada acima de tudo. Todas essas fases geraram o que a gente chama de Revolução Americana, Revolução Francesa. Todas essas revoluções que criaram rupturas tão grandes com os mundos anteriores que geraram uma outra fase, que é a Contemporânea”.



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