This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Atualidades
3
min de leitura

Polícia prende suspeito de facilitar roubo de R$541 milhões via Pix.

Polícia prende operador de TI suspeito de envolvimento no maior ataque cibernético já registrado no sistema de pagamentos do país

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
4/7/2025 12:27
Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quinta-feira (4) um operador de TI acusado de facilitar o maior ataque hacker já registrado contra o sistema Pix no Brasil. 

 O caso envolveu o desvio de R$541 milhões em transações fraudulentas e causou forte repercussão no mercado financeiro.

João Nazareno Roque, de 48 anos, foi detido na zona norte da capital. Ele trabalhava como prestador de serviço para a empresa C&M Software, responsável por conectar bancos e fintechs ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), incluindo o Pix.

Segundo a investigação, Roque entregou senhas e credenciais de acesso interno a criminosos em troca de dinheiro. A invasão afetou diretamente a BMP Instituição de Pagamentos e outras cinco instituições financeiras.

  • Gostaria de receber as principais notícias do dia diretamente em seu E-mail, todos os dias e de graça? Assine o Resumo BP, a newsletter de jornalismo da Brasil Paralelo. Clique aqui e aproveite.

Entenda o golpe

De acordo com o depoimento, o operador foi abordado por criminosos em março. Após uma proposta feita por WhatsApp, aceitou entregar seu login corporativo por R$5 mil, pagos via motoboy.

Duas semanas depois, recebeu mais R$10 mil para continuar acessando o sistema e executar comandos sob instruções enviadas por uma conta na plataforma Notion. O pagamento, novamente, foi feito em dinheiro por motoboy.

Roque admitiu informalmente à polícia que sabia da fraude e continuou a colaborar com o grupo criminoso mesmo após o primeiro pagamento.

O currículo do operador chamou a atenção. Em seu perfil no LinkedIn, Roque afirma ter apenas “pequena experiência com tecnologia”. Sua trajetória inclui trabalho como eletricista e técnico de TV a cabo, e o início do curso de TI só aconteceu aos 42 anos.

A resposta da empresa

A C&M Software confirmou que o incidente foi causado por engenharia social, quando criminosos enganam pessoas para obter informações, e não por falha técnica nos sistemas.

A empresa disse que vem colaborando com as autoridades desde o início e que todos os seus serviços seguem funcionando normalmente.

“Em respeito ao trabalho das autoridades e ao sigilo necessário às investigações, a empresa manterá discrição e não se pronunciará publicamente enquanto os procedimentos estiverem em andamento. A CMSW reafirma seu compromisso com a integridade, a transparência e a segurança de todo o ecossistema financeiro do qual faz parte princípios que norteiam sua atuação ética e responsável ao longo de 25 anos de história”.

Como o ataque foi possível

A C&M atua como ponte entre bancos menores e o sistema Pix do Banco Central.

Segundo técnicos do BC e da Polícia Federal, os hackers usaram as credenciais vazadas para acessar contas-reserva, usadas na liquidação entre instituições financeiras, sem envolver contas de clientes finais.

A empresa mais atingida foi a BMP, que presta serviços de banking-as-a-service. A invasão permitiu transferências indevidas a partir das contas que as instituições mantêm diretamente no Banco Central.

  • Banking as a Service (BaaS) é quando empresas não bancárias oferecem serviços financeiros, como contas, transferências e cartões, usando a estrutura de bancos autorizados pelo Banco Central.

A suspeita é que vários hackers atuaram em rede, aproveitando o acesso privilegiado ao sistema. A operação segue em investigação e pode levar a novas prisões nos próximos dias.

O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros

Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa. 

Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos. 

Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo. 

Clique aqui.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais