Três dias após as medidas impostas pelo Supremo Tribunal Federal, o PL se mobilizou para garantir que Jair Bolsonaro continue visível no ambiente digital, mesmo proibido de usar as redes sociais.
Durante reunião da bancada na Câmara, nesta segunda (21), deputados federais discutiram estratégias para reforçar a presença online do ex-presidente.
Um grupo de deputados vai preparar conteúdos para os colegas de bancada. A ideia é redobrar publicações, replicar conteúdos prontos e alinhar o discurso entre os parlamentares mais influentes.
Bolsonaro foi orientado por seus advogados a cancelar entrevistas e se manter longe dos holofotes.
A decisão foi tomada após um alerta do ministro Alexandre de Moraes. Ele afirmou que qualquer participação de Bolsonaro em lives ou vídeos nas redes sociais, mesmo em contas de terceiros, pode resultar em prisão por descumprimento judicial.
O ex-presidente chegou a agendar duas entrevistas nesta segunda, mas as conversas foram suspensas de última hora.
Na saída da reunião, deputados criticaram a medida. “Bolsonaro queria falar com a imprensa. Mas por mais uma ordem de censura, seus advogados recomendaram o silêncio”, disse o líder da bancada, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
O episódio também expôs desentendimentos entre Eduardo Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freitas.
O motivo: como lidar com as tarifas de 50% impostas por Donald Trump ao Brasil.
Enquanto Tarcísio buscou resolver a crise com diplomacia, Eduardo defende que apenas uma anistia ampla para os envolvidos no 8 de janeiro pode reverter as sanções.
O embate entre os dois exigiu intervenção de Valdemar Costa Neto, Rogério Marinho e Flávio Bolsonaro para evitar rupturas no grupo.
Com Bolsonaro proibido de se comunicar até com o próprio filho, o plano de seus aliados agora é manter sua presença nas redes por meio da base aliada.
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