O ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radosław Sikorski, fez um pronunciamento contra a Rússia durante uma sessão emergencial do Conselho de Segurança da ONU.
A reunião foi convocada após a Estônia denunciar a violação de seu espaço aéreo por três caças russos MiG-31.
No discurso, Sikorski afirmou que Moscou ignora o direito internacional e alimenta ambições imperiais.
“O seu nacionalismo insano contém uma sede de dominação que não cessará até que percebam que a era dos impérios acabou — e que o seu império não será reconstruído”, disse.
O chanceler polonês fez um alerta e afirmou que haverá resposta caso outro objeto russo entre no espaço aéreo da Polônia.
“Se outro míssil ou aeronave entrar em nosso espaço sem permissão, deliberadamente ou por engano, e for abatido, com os destroços caindo em território da OTAN, por favor, não venham aqui reclamar. Vocês foram avisados”.
Sikorski citou episódios históricos para justificar a gravidade da ameaça russa. Ele lembrou a mobilização de 1914, que desencadeou a Primeira Guerra Mundial.
Recordou também o pacto Hitler-Stalin, que abriu caminho para a Segunda Guerra. Por fim, mencionou a sovietização do Leste Europeu, que resultou na Guerra Fria.
A secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Yvette Cooper, também criticou a Rússia.
“As suas ações imprudentes arriscam um confronto armado direto entre a OTAN e a Rússia. A nossa aliança é defensiva, mas não se iludam, estamos prontos para defender os céus e o território da OTAN”, declarou.
Em resposta, o vice-embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, rejeitou as acusações e disse que se tratava de uma tentativa de “culpar a Rússia por tudo”.
Na Polônia, o primeiro-ministro Donald Tusk reforçou a posição do país, afirmando que qualquer aeronave que entrar em espaço aéreo polonês será abatida.
“Não há absolutamente nenhuma discussão sobre isso”, afirmou em coletiva.
Diante do incidente, a Estônia pediu consultas formais à OTAN com base no artigo 4 do tratado da aliança, que prevê diálogos sempre que a segurança de um Estado-membro esteja ameaçada.
No início de setembro, a própria Polônia já havia acionado o mesmo artigo após drones russos cruzarem sua fronteira, o que levou ao lançamento da missão “Sentinela de Leste”, destinada a reforçar a defesa no flanco oriental da aliança.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu nesta terça-feira (23) a 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Desde 1955, cabe ao Brasil a tradição de iniciar os discursos, seguido pelos Estados Unidos.
Foi a décima vez que Lula ocupa o púlpito da ONU para dar início ao debate entre chefes de Estado.
Veja os discursos no canal da Brasil Paralelo.
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