Suspensão no STF: o pedido de Fux
Fux solicitou mais tempo para estudar o caso, paralisando o julgamento iniciado na Primeira Turma.
"Quero analisar as circunstâncias do processo", declarou o ministro, conforme registros oficiais do STF, sinalizando a intenção de revisar os autos antes de votar.
Débora, presa desde março de 2023, é acusada de atos como tentativa de golpe e dano ao patrimônio público por sua ação na invasão dos Três Poderes.
"Quero analisar as circunstâncias do processo para garantir uma decisão bem fundamentada."
A interrupção ocorre após a ampla repercussão social de dois votos pela condenação de Débora há 14 anos de prisão: do relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, e do ministro Gilmar Mendes, cujo voto acompanhou o do relator. O prazo original de finalização do julgamento era 28 de março.
O pedido de vista reflete a cautela de Fux, conhecido por sua trajetória no STF desde 2011, onde já foi presidente entre 2020 e 2022.
Reações em jogo: alívio ou dúvida?
A defesa de Débora, cabeleireira de 38 anos e mãe de dois filhos, celebrou o adiamento.
"É uma chance de avaliar a proporcionalidade da pena", afirmou um advogado em comunicado oficial, destacando que ela escreveu a frase com batom e não tem antecedentes criminais.
Apoiadores nas redes sociais vêem o movimento como um respiro contra a pena proposta por Moraes.
Por outro lado, a suspensão gera críticas."A demora prolonga a incerteza jurídica", disse um jurista em declaração pública, Setores favoráveis à punição temem que o atraso enfraqueça a resposta do STF aos atos de 8 de janeiro, que causaram danos estimados em 20,7 milhões de reais.