Medidas para diminuir o Estado argentino e os gastos públicos são prioridades para Milei
Junto do corte das verbas de publicidade e dos cargos públicos, o governo Milei cortou 50% dos ministérios da Argentina para reduzir os gastos públicos e enfrentar a crise econômica do país.
Na prática, os cortes resultaram na redução de:
- 18 para 9 ministérios;
- 106 para 54 secretarias;
- 182 para 140 subsecretarias.
O antigo governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner deixou de herança para o país uma inflação na casa dos 140% e um aumento considerável da pobreza.
Ao confirmar a decisão de suspender a propaganda oficial na mídia, o governo ratificou o que a equipe de Milei tinha indicado dias antes da posse.
“É relevante compreender que o Estado tem de encolher e que o Estado do tamanho de um elefante não pode continuar a existir porque do outro lado tem gente que o sustenta com os seus impostos, que não consegue pôr um prato de comida na mesa”, afirmou Adorni. “O objetivo é fazer o impossível no curtíssimo prazo para evitar a catástrofe”.
O porta-voz disse, ainda, que o novo governo iniciou “a revisão dos contratos e de cada uma das nomeações do Estado no último ano”, e alertou que “qualquer funcionário que não queira prestar a informação que o presidente e os seus ministros solicitarem, terá a sanção correspondente”.
Às vésperas da eleição, Alberto Fernández bateu recordes com a publicidade estatal
Segundo o jornal argentino El Clarín, os gastos com publicidade oficial mostram que de janeiro a outubro o governo de Fernández gastou mais de 40 bilhões de pesos. O número é quase dez vezes maior do que em 2021.
As informações foram retiradas do relatório oficial da Secretaria de Mídia e Comunicação da Presidência da Argentina.
Logo depois da eleição, Milei já tinha anunciado o compromisso de privatizar três meios de comunicação: a TV Pública, a Rádio Nacional e a agência de notícias Télam.
Para o novo presidente argentino, a TV Pública é um “mecanismo de propaganda” e, durante a campanha, disse que a mídia estatal atuou para favorecer o candidato governista, Sergio Massa, ministro da Economia de Fernández.