O que levou à cirurgia
Na última sexta-feira, 11 de abril, Jair Bolsonaro estava no Rio Grande do Norte, cumprindo uma agenda de visitas a municípios e obras que receberam recursos federais durante sua gestão.
No entanto, o ex-presidente passou mal e precisou de atendimento médico de emergência na cidade de Tangará, localizada a aproximadamente 90 km da capital do estado.
Bolsonaro foi inicialmente atendido no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz, onde foi estabilizado.
Após o primeiro atendimento, foi transferido de ambulância para o estádio municipal de Santa Cruz e, posteriormente, transportado de helicóptero da Secretaria de Segurança Pública do estado para o Hospital Rio Grande, em Natal.
Na noite de sábado, 12 de abril, Jair Bolsonaro foi transferido em uma UTI móvel para Brasília, onde foi internado no Hospital DF Star.
Esta é a sexta cirurgia do ex-presidente desde a facada sofrida em 2018
Em 6 de setembro de 2018, o então candidato à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro, foi esfaqueado durante um ato de campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
O atentado aconteceu enquanto ele era carregado por apoiadores no meio da multidão.
A faca atingiu o abdômen de Bolsonaro e perfurou órgãos internos, incluindo o intestino delgado e grosso, exigindo cirurgia de emergência
A cirurgia do último domingo foi a sexta desde o episódio em Juiz de Fora.
De acordo com o gastroenterologista Alexandre Carlos, médico-assistente do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, a perfuração pela faca provoca uma inflamação na cavidade abdominal e algumas cicatrizes.
"Às vezes, essas cicatrizes 'puxam' o intestino, causando uma obstrução parcial ou total do órgão."
Íntegra do boletim médico
NOTA À IMPRENSA
Brasília, 13 de abril de 2025
O ex-Presidente da República Jair Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de grande porte para extensa lise de aderências e reconstrução da parede abdominal.
O procedimento durou cerca de 12 horas, transcorreu sem intercorrências e não exigiu transfusão de sangue. A obstrução intestinal foi causada por uma dobra no intestino delgado, que dificultava o trânsito intestinal. Essa condição foi resolvida durante o processo de liberação das aderências.
No momento, o ex-presidente encontra-se internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), clinicamente estável, sem dor, e recebendo suporte clínico, nutricional e medidas de prevenção de infecções.
Equipe médica:
Dr. Cláudio Birolini – Chefe da equipe cirúrgica
Dr. Leandro Echenique – Médico cardiologista
Dr. Ricardo Camarinha – Médico cardiologista
Dr. Guilherme Meyer – Diretor Médico do Hospital DF Star
Dr. Allisson Barcelos Borges – Diretor Geral do Hospital DF Star