A partir de 2025, o Brasil passará a comemorar o Dia Nacional do Funk. Na semana passada, o presidente Lula sancionou um projeto de lei que cria oficialmente a data no calendário oficial do país.
Em publicação nas redes sociais, o presidente afirmou que o “reconhecimento é merecido”. Também compartilhou sua opinião sobre o gênero musical:
"O Funk é muito mais do que um gênero musical. É uma plataforma de transformação social que dá visibilidade às realidades e talentos dessas comunidades [da periferia]. O Funk é voz, é identidade, é resistência!", afirmou Lula na publicação.
A Lei foi criada por Alexandre Padilha, o atual ministro de Relações Institucionais do governo Lula. Na época, ele era deputado federal pelo PT, partido do presidente.
A criação da norma ocorreu após uma reunião realizada pelo então deputado e representantes do setor. Ele criou o projeto de Lei 2.229/2021, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 2022, com parecer favorável do Deputado Alencar Santana, também do PT.
A escolha do dia 12 de julho teve o objetivo de homenagear o Baile da Pesada, realizado na década de 1970, no Rio de Janeiro. O evento foi um dos responsáveis pelo início da cultura de bailes Funk na cidade.
Os organizadores foram os DJs Big Boy e Ademir Lemos. Na conhecida casa noturna Canecão, o evento estreia ocorreu no dia 12 de julho, data escolhida para homenagear o ritmo.
O DJ Marlboro, um dos mais populares do Brasil, gravou um vídeo nas redes sociais em que afirmou:
“Aqui no Rio de Janeiro, nasceram o chorinho, o samba, o maxixe a Bossa Nova, a Jovem Guarda e nasceu o funk. E o ritmo continua a ser tratado pela secretaria de segurança e não pela secretaria de cultura. Isso é uma coisa lamentável.
[...] De quatro em quatro anos precisamos fazer essa incursão para explicar ao Poder Público que o funk não é música de bandido”, afirmou o DJ, celebrando a criação da data comemorativa.
A cantora Fernanda Abreu, que em 1995 gravou um disco com músicas de funk, também comemorou nas redes sociais:
“Hoje comemoramos o “Dia Nacional do Funk”. Esse gênero musical tão representativo da nossa cultura preta, pobre e favelada, e que hoje já atravessou todas as fronteiras!”, afirmou.
O projeto também recebeu severas críticas.
A professora de português Cíntia Chagas publicou em suas redes sociais:
“Pela primeira vez eu concordei com ele [Lula]. Ele disse que o Funk é muito mais do que um gênero musical. E ele está certo. Afinal, o Funk é um instrumento de degradação, de achincalhamento e de desmoralização da figura feminina, inclusive das jovens. Ele deveria, inclusive, mudar o nome. ‘Dia Nacional do Funk’, não. ‘Dia Nacional da Vulgarização da Mulher’.
O deputado federal Delegado Zucco também se manifestou:
“Com tanto problema para resolver e o mandatário fica criando ‘Dia Nacional do Funk’”, questionou em suas redes sociais.
A criação da data comemorativa não significa que ela será transformada em feriado nacional.
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