Às vésperas do prazo determinado por Trump para as tarifas de 50% contra o Brasil, Lula deu uma entrevista para o New York Times.
O presidente falou que não está conseguindo manter contato direto com o governo americano:
“O que impede é que ninguém quer conversar. Eu pedi para fazer contato. Designei meu vice-presidente, meu ministro da Agricultura, meu ministro da Economia, para que cada um possa conversar com seu equivalente para entender qual a possibilidade de conversa. Até agora, não foi possível.”
Lula também disse que essa falta de diálogo pode ser muito ruim para os povos dos dois países.
“Quero dizer a Trump que brasileiros e americanos não merecem ser vítimas da política, se a razão pela qual o presidente Trump está impondo este imposto sobre o Brasil é por causa do caso contra o ex-presidente Bolsonaro.”
Questionado sobre os impactos que as sanções podem causar ao Brasil, Lula comparou o cenário com o Bug do Milênio.
No fim de 1999 havia um temor de que os computadores do mundo inteiro teriam problemas e falhas após a virada do milênio.
Isso porque muitos sistemas utilizavam apenas dois dígitos para representar o ano, o que poderia levar a erros quando o ano mudasse de "99" para "00".
No entanto, a grande falha em sistemas que era esperada não aconteceu e tudo funcionou normalmente.
A comparação não quer dizer as tarifas não acontecerão, apenas que as consequências só podem ser descobertas se elas realmente forem aplicadas:
“Você se lembra quando estávamos prestes a passar de 1999 para 2000, e houve pânico mundial de que os sistemas de computador iriam falhar? Nada aconteceu. Então, não estou dizendo que nada vai acontecer, mas estou dizendo que temos que esperar o Dia D para saber.”
Lula seguiu falando que caso os EUA realmente implementem as tarifas, o Brasil vai buscar outros parceiros econômicos para substituílos.
O exemplo que o presidente escolheu foi justamente a China. O país asiático disputa com os EUA o posto de maior potência econômica do mundo:
“Se os Estados Unidos não quiserem comprar algo nosso, vamos procurar alguém que queira. Temos uma relação comercial extraordinária com a China. Se os Estados Unidos e a China querem ter uma Guerra Fria, não aceitaremos isso. Não tenho preferência. Tenho interesse em vender para quem quer que queira comprar de mim – para quem pagar mais.”
Durante sua campanha eleitoral, Trump afirmou que lutaria para garantir a hegemonia americana e frear os avanços chineses.
Os EUA chegaram a anunciar tarifas de 145% em produtos importados do país asiático.
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